É verdade ou fake news? Estratégicas linguísticas de manipulação em textos que promovem a desinformação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i138p27-38Palavras-chave:
Fake news, Desinformação, Estratégias de manipulação, Modalidade epistêmica, EvidencialidadeResumo
As fake news têm se revelado um grande problema do mundo moderno pelo fato de se espalharem muito rapidamente pela internet e influenciarem muitas pessoas em assuntos como política, economia, ciência e saúde. No período da pandemia de covid-19, foi possível observar como as fake news podem ser danosas para a sociedade, levando à descrença nas vacinas por parte de muitas pessoas e ao uso de medicamentos ineficazes como forma de automedicação pela população. Dessa forma, é importante investigar características linguísticas dos textos que promovem a desinformação para encontrar padrões ou pistas que possam levar a uma maior compreensão sobre como as fake news são construídas. Neste artigo, procuramos apresentar duas estratégias linguísticas utilizadas na construção de fake news com a finalidade de manipular as informações.
Downloads
Referências
AIKHENVALD, A. Y. Evidentiality. New York, Oxford University Press, 2004.
ALBA-JUEZ, L.; MACKENZIE, L. “Emotion, lies, and ‘bullshit’ in journalistic discourse: the case of fake news’. Ibérica, n. 38. Madri, 2019, pp. 17-50.
ALLCOTT, H.; GENTZKOW, M. “Social media and fake news in the 2016 Election”. Journal of
Economic Perspectives, v. 31, n. 2, 2017, p. 211-36.
BYBEE, J. Morphology: a study of the relation between meaning and form. Amsterdam, John Bengamins, 1985.
DALL’AGLIO HATTNHER, M. M. “Uma análise funcional da modalidade epistêmica”. Alfa: Revista de Linguística, v. 40, 1996.
FREITAG, R. M. “O papel da frequência de uso na gramaticalização de acho (que) e parece (que) marcadores de dúvida na fala de Florianópolis”. Veredas, v. 7, n. 1 e n. 2, 2003, pp. 113-32.
MAILLAT, D.; OSWALD, S. “Constraining context: A pragmatic account of cognitive manipulation”, in C. Hart (ed.). Critical discourse studies in context and cognition. Amsterdam, John Benjamins, 2011, pp. 65- 80.
MICK, J. “Profissionalismo e confiança: o curioso caso do país que acredita mais nos jornalistas do que na mídia”. Política & Sociedade, v. 18, n. 43, Florianópolis, 2019.
MONTEIRO, R. A. et al. “Contributions to the study of fake news in Portuguese: new corpus and automatic detection results”. Proceedings of the 13th international conference on the computational processing of Portuguese (PROPOR). Canela, September, 2018, pp. 324-34.
NERI, F. “Boato sobre Bolsa Família chegou a ao menos 12 estados, diz ministério”. G1. 19/mai./2013. Disponível em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/05/ministradescartapossibilidade-desuspensao-do-bolsa-familia.html. Acesso em: 10/jul./2022.
NEVES, M. H. de M. Texto e gramática. São Paulo, Contexto, 2011.
PANTAZI, M.; KISSINE, M.; KLEIN, O. “The power of the truth bias: false information affects memory and judgment even in the absence of distraction”. Social Cognition, vol. 36, n. 2, 2018, pp. 167-98.
VAN SWOL, L. “Truth bias”, in T. Levine (ed.). Encyclopedia of deception. California, Sage Publications, 2014, pp. 904-6.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista USP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |