O caminho e o caminhante - destinos de uma justiça errante em busca do sentido
Palabras clave:
Hermenêutica jurídica, Experiência hermenêutica, Tradição valorativo-lingüística, Atividade construtiva, Razoabilidade.Resumen
Este artigo trata da hermenêutica jurídica na sociedade contemporânea, na qual o conteúdo de sentido das normas está aberto para a construção judicial. Contextualizando o tema da interpretação no campo jurídico em um primeiro momento, o texto aponta a relação entre o viver e o interpretar, seguindo o pensamento do filósofo Hans-Georg Gadamer. Afirma-se a falácia do brocardo in claris cessat interpretatio, para demonstrar que o juiz realiza uma atividade construtiva. Assume-se uma perspectiva diferenciada a fim de superar o paradoxo entre a objetividade e a subjetividade na interpretação, evidenciando que o juiz se encontra em uma tradição valorativo-lingüística, a qual deve ser observada na busca pela melhor interpretação. Conclui-se que a interpretação, atividade criativa, é correta quando designar um caminho de razoabilidade, herdeiro de seu passado, compromissado com o futuro.Descargas
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