A lei da natureza: "onça, parente meu"
Mots-clés :
Direito Natural, Natureza, Reconhecimento, Direito ao reconhecimento, Cooperação, Vida moral, Vida política.Résumé
O texto descobre um tema de Direito Natural na obra de João Guimarães Rosa: o do reconhecimento recíproco dos seres humanos que permite a cooperação e o nascimento da vida política. Na falta desse reconhecimento, que pode se dar pelo afastamento proposital ou não do convívio com os homens, desaparecem tanto as condições de cooperação quanto as mais básicas atitudes morais que geram a vida humana. Assim, na novela de Guimarães Rosa estão ilustradas de forma exemplar questões colocadas na tradição jusnaturalista, tanto na sua vertente lockeana, quanto na vertente de Hobbes. O tratamento literário da questão amplia a sensibilidade do leitor para questões que outros tratam teoricamente, mostrando a atualidade da questão jusnaturalista.
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Références
ARENDT, Hannah. A condição humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991.
ARISTÓTELES. Política. 2. ed. Tradução de Mário G. Kury. Brasília: UnB, 1988.
HOBBES, Thomas. The citizen. Bernard Gert, ed. Garden City, NY: Doubleday & Co., 1972.
______. Leviathan. C. B. MacPherson, ed. London: Penguin Books, 1985.
LOCKE, John. Second treatise of Government. C. B. MacPherson, ed. Indianapolis: Hackett Publ. Co., 1980.
ROSA, João Guimarães. Meu tio o iauaretê. In: Estas histórias. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1976.
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(c) Copyright Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo 2008

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