Moi et Nous: analyse du discours politique de Simone Tebet
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.rgpp.2024.218136Mots-clés :
Analyse Linguistique, Discours Politique, Simone Tebet, Comportement Électoral, DemocratieRésumé
Ce travail vise à analyser comment les choix linguistiques (notamment les pronoms personnels et les verbes à la première personne) de Simone Tebet, alors pré-candidat à la présidence de la République du Brésil, contribuent à révéler un projet de dire (un certain discours politique) qui à la fois il accentue l’idée de collectivité, car il sert à propager la responsabilité/engagement auprès des électeurs. Les choix linguistiques révèlent un discours politique qui donne du pouvoir à Tebet et à son parti MDB (« moi-Simone » et « nous-parti ») et qui met en avant la nécessité d’un changement immédiat basé sur le principe de la démocratie (« nous = moi et le peuple »).). Le principe de démocratie établit l'idée que le pouvoir politique émane du peuple et, à plusieurs reprises, le discours de Tebet indique clairement que son gouvernement sera démocratique, car il exigera un partenariat entre le peuple et les intérêts de son parti. Pour soutenir l'analyse de ce travail, les idées de Charaudeau (2016) seront principalement utilisées sur la construction du discours politique et sur la manière dont les choix linguistiques-discursifs sont utilisés pour séduire et persuader les citoyens. L’opinion, selon l’auteur, est un fait de langage et les électeurs sont également convaincus par le langage. Cette recherche, en cohérence avec les idées de ce linguiste, vise donc à vérifier comment les politiques exercent leur pouvoir sur le public à travers le langage.
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