Monitorização da terapêutica com vancomicina em recém-nascidos de termo com sepse, utilização e importância clínica

Autores/as

  • José Kleber Kobol Machado University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics
  • Rubens Feferbaum University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics
  • Edna Maria Albuquerque Diniz University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics
  • Thelma S. Okay University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics
  • Maria Esther J. Ceccon University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics
  • Flávio Adolfo Costa Vaz University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Pediatrics

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812001000100004

Palabras clave:

Monitorização fisiológica, Recém-nascido, Sepse, Vancomicina, Teste de susceptibilidade antimicrobiana

Resumen

Foi realizado um estudo prospectivo para verificar se as doses habituais de vancomicina determinam concentrações séricas adequadas em 25 recém - nascidos de termo com sepse. OBJETIVOS: Avaliou-se a resposta terapêutica da sepse neonatal por Staphylococcus sp., tratada com vancomicina, monitorizando além de sua concentração sérica, o poder bactericida do soro (PBS) e a concentração inibitória mínima (MIC). MÉTODO: Os níveis séricos do antibiótico foram obtidos através do imunoensaio por fluorescência polarizada, o MIC através de micro-difusão em ágar, e o PBS foi obtido por macro-diluição em caldo. RESULTADOS: Concentrações séricas no pico de vancomicina adequadas (20-40 mg/mL) ocorreram em 59,1% dos casos e um recém-nascido apresentou potencial risco de ototoxicidade (>;40 mg/mL). Em 48% dos pacientes ocorreram vales séricos adequados (5-10 mg/mL) e 28% dos pacientes apresentaram potencial risco de nefrotoxicidade (>;10mg/mL). Não houve concordância significante entre a normalidade determinada pelo pico e vale de vancomicina no método (prova de McNemar: p=0,7905). A concentração sérica no pico de vancomicina foi comparada com a evolução clínica dos recém-nascidos com sepse neonatal, não havendo diferença estatisticamente significante entre os picos séricos dos pacientes que apresentaram boa e má evolução (U=51,5; p=0,1947). Também não houve diferença estatisticamente significante entre os vales séricos dos pacientes que apresentaram boa e má evolução clínica ( U= 77,0; p=0,1710). Todos os MICs obtidos demonstraram sensibilidade à vancomicina. Metade dos pacientes que apresentou PBS no vale adequado (1/8), também tiveram concentração sérica de vancomicina adequada e boa evolução clínica. CONCLUSÕES: A recomendação de doses de vancomicina para recém-nascidos de termo deve ser baseada no peso e na idade pós-conceptual apenas para dar início à terapia antimicrobiana na sepse neonatal, não existindo um padrão de doses ideal. Logo, a dose deve ser individualizada. A utilização desses dados laboratoriais com a clínica favorecem a elucidação da provável causa da má evolução do paciente, facilitando o ajuste da droga e a menor chance de efeitos tóxicos ou sub-terapêuticos.

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Publicado

2001-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Machado, J. K. K., Feferbaum, R., Diniz, E. M. A., Okay, T. S., Ceccon, M. E. J., & Vaz, F. A. C. (2001). Monitorização da terapêutica com vancomicina em recém-nascidos de termo com sepse, utilização e importância clínica . Revista Do Hospital Das Clínicas, 56(1), 17-24. https://doi.org/10.1590/S0041-87812001000100004