Estresse durante o trabalho de parto espontâneo e induzido: estudo prospectivo preditivo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.212338Palavras-chave:
Cortisol, Trabalho de parto, Estresse físico, Estresse psicológicoResumo
Objetivo: avaliar as variações do estresse fisiológico e psicológico durante o trabalho de parto, medido por concentrações de cortisol salivar e inventário de estresse, respectivamente, entre o parto espontâneo e induzido em cada medida de avaliação. Método: estudo prospectivo com 193 gestantes em trabalho de parto de risco habitual, a termo, em um hospital referência para parto normal no Sul do Brasil. O estresse foi avaliado durante a fase latente, ativa e duas horas após o nascimento. Os dados foram analisados segundo um modelo generalizado linear misto adotando α 0,05. Resultados: A concentração de cortisol salivar foi diferente entre os momentos de avaliação e o tipo de parto. Na análise intragrupo, a diferença foi na fase ativa (p< 0,000) com concentrações maiores no parto com indução (2,5 ±0,2 nmol/l). Por outro lado, a avaliação psicológica mostrou diferenças na fase latente (32,5 ± 1,0) e ativa (44,4 ± 1,0) entre os grupos. O tipo de parto, modo de entrega, escala visual da dor, duração do trabalho de parto, dilatação cervical e idade gestacional foram capazes de prever os desfechos. Conclusão: o estresse fisiológico e o estresse psicológico apresentam variações diferentes dependendo do tipo de parto, espontâneo e induzido, e do tempo de avaliação. Tais medidas podem ser usadas como referência para avaliar a progressão do nascimento.
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