(Cis)tema de sáude: vivência de pessoas transexuais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.213273Palavras-chave:
Pessoas transgênero, Política pública, Discriminação socialResumo
Embora seja garantido que a saúde é direito do cidadão e dever do Estado, estudos evidenciam a existência de processos de exclusão e desigualdade no atendimento à saúde de determinados grupos, como a população LGBTQIA+. Identifica-se, ainda, que as pessoas transexuais são mais sujeitas a serem violentadas, sofrer discriminação e preconceitos, se comparadas entre as demais identidades de gênero. Isto ocorre por serem dissidentes da norma e, por este motivo, encaradas com aversão e apagamento. Neste sentido, foi percebida a necessidade de criação de novas políticas públicas que assegurassem os direitos desta população. Assim, o presente relato objetiva descrever o acesso aos serviços públicos de saúde de Petrolina (PE) por parte de pessoas transexuais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a partir da modalidade de relato de experiência. Foram realizadas 17 entrevistas com transexuais, entre 19 e 48 anos. A grande maioria referiu já ter sido vítima de preconceito, discriminação e marginalização nos serviços de saúde. Além de não serem respeitados conforme seus nomes sociais e identidades de gênero.
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