O desafio da agitação psicomotora na prática clínica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.221903

Palavras-chave:

Agitação psicomotora, Paciente violento, Desescalada do comportamento, Tranquilização rápida, Tratamento, Intervenção farmacológica

Resumo

Neste artigo discutiremos aspectos clínicos no manejo da agitação psicomotora, uma condição clínica que ocorre com frequência em setores de atendimento de saúde de urgência. O manejo da agitação psicomotora pode ser desafiador para o profissional de saúde, especialmente devido aos riscos que podem estar associados, quer seja para o paciente ou para a equipe de saúde. Por esta razão, a utilização de uma tomada de decisão baseada em um protocolo passo-a-passo é de fundamental importância para o sucesso. Deve-se iniciar tendo em conta os três passos fundamentais no manejo de agitação, a saber:  ambiental, atitudinal, e farmacológico. Estes passos podem ser resumidos em: resolver ou mitigar qualquer causa médica geral de base, garantir a segurança do paciente e equipe (ambiental), manejo atitudinal através de técnicas de desescalada do comportamento, e, como último recurso, intervenções farmacológicas. A segurança do profissional na aplicação destes princípios é de fundamental importância na prevenção de consequências sombrias da agitação psicomotora, como ferimentos graves e trauma emocional para pacientes e equipe de saúde, e no tratamento adequado da condição médica geral e/ou psiquiátrica que esteja precipitando a agitação.

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Biografia do Autor

  • Célia Mantovani, Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

    Médica psiquiatra, doutora em Saúde Mental

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Publicado

2024-10-08

Como Citar

1.
Mantovani C. O desafio da agitação psicomotora na prática clínica. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 8º de outubro de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];57(1):e-221903. Disponível em: https://periodicos.usp.br/rmrp/article/view/221903