Alto risco de doenças respiratórias em crianças no período de incêndios na Amazônia

Autores

  • Pãmela Rodrigues de Souza Silva Universidade Federal do Mato Grosso; Instituto de Saúde Coletiva
  • Eliane Ignotti Universidade do Estado de Mato Grosso; Faculdade de Ciências da Saúde
  • Beatriz Fátima Alves de Oliveira Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Washington Leite Junger Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social
  • Fernando Morais Universidade de São Paulo; Instituto de Física
  • Paulo Artaxo Universidade de São Paulo; Instituto de Física
  • Sandra Hacon Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050005667

Resumo

OBJETIVO Analisar os riscos toxicológicos da exposição ao ozônio (O3) e a partículas finas (PM2,5) em escolares. MÉTODOS Avaliação do risco toxicológico foi aplicada para verificar o risco de exposição ao O3 e PM2,5 a partir da queima de biomassa, em escolares de seis a 14 anos, moradores de Rio Branco, Acre, no sul da Amazônia. Nós usamos a simulação de Monte Carlo para estimar a dose potencial de ingresso do poluente. RESULTADOS As concentrações de O3 e PM2,5 atingiram 119,4 mg/m3 e 51,1 mg/m3, respectivamente, durante os períodos de queimadas. Os escolares incorporaram doses potenciais médias relativas à exposição ao O3 (2,83 μg/kg.dia, IC95% 2,72–2,94). Para a exposição a PM2,5, não encontramos risco toxicológico (0,93 μg/kg.dia; IC95% 0,86–0,99). O O3 apresentou risco toxicológico maior que 1 para todas as crianças (Quociente de Risco [QR] = 2,75; IC95% 2,64–2,86). CONCLUSÕES Escolares são expostos a altas doses de O3 durante a estação seca. Isso representa risco toxicológico, principalmente para aqueles com agravos à saúde pregressa.

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Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, P. R. de S., Ignotti, E., Oliveira, B. F. A. de, Junger, W. L., Morais, F., Artaxo, P., & Hacon, S. (2016). Alto risco de doenças respiratórias em crianças no período de incêndios na Amazônia . Revista De Saúde Pública, 50, 29. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050005667