Autopercepção da saúde bucal em idosos de uma população urbana em Lisboa, Portugal

Autores

  • Catarina Carvalho Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Ana Cristina Manso Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz; Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz
  • Ana Escoval Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Francisco Salvado Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz; Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz
  • Carla Nunes Universidade Nova de Lisboa; Escola Nacional de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006311

Resumo

OBJETIVO Analisar se a autopercepção de saúde bucal em contexto urbano está associada aos factores sociodemográficos que interferem na qualidade de vida da saúde bucal. MÉTODOS Estudo transversal com amostra de conveniência de indivíduos idosos (65 anos ou mais) inscritos no Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Norte. A autopercepção da saúde bucal e qualidade de vida associada foi avaliada pelo índice de avaliação da saúde bucal em idosos (Geriatric Oral Health Assessment Index) e os indivíduos foram classificados de acordo com as características sociodemográficas. A consistência interna do questionário foi avaliada por meio do alfa (α) de Cronbach. Posteriormente, foram utilizados modelos de regressão logística binária para caracterizar os factores associados com a autopercepção de saúde bucal considerando as variáveis sociodemográficas e de condições clínicas de saúde bucal dos idosos e determinados os odds ratios bruto e ajustado (à idade) e respectivos intervalos de confiança a 90%. RESULTADOS Participaram 369 idosos, com média de idade de 74,2 anos (DP = 6,75); 62,9% eram do sexo feminino. Em média, o índice foi moderado com tendência a elevado: 32,9 (DP = 3,6; intervalo 12-36). O alfa de Cronbach foi elevado: 0,805. A idade, o estado civil e a última consulta de Medicina Dentária foram os factores significativamente associados a autopercepção da saúde bucal. CONCLUSÕES O estudo mostra que esses indivíduos apresentam uma autopercepção de saúde bucal moderada, com tendência a elevada. A avaliação da autopercepção da saúde bucal permitiu identificar os principais factores sociodemográficos associados. Este instrumento pode contribuir para orientar as estratégias de planejamento e promoção da saúde bucal direcionadas para uma melhor qualidade de vida deste grupo populacional.

Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carvalho, C., Manso, A. C., Escoval, A., Salvado, F., & Nunes, C. (2016). Autopercepção da saúde bucal em idosos de uma população urbana em Lisboa, Portugal . Revista De Saúde Pública, 50, 53. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006311