Análise envoltória de dados dinâmica em redes na avaliação de hospitais universitários

Autores

  • Maria Stella de Castro Lobo Universidade Federal do Rio de Janeiro; Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
  • Henrique de Castro Rodrigues Universidade Federal do Rio de Janeiro; Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
  • Edgard Caires Gazzola André Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Jônatas Almeida de Azeredo Universidade Federal do Rio de Janeiro; Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
  • Marcos Pereira Estellita Lins Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia; Departamento de Engenharia de Produção

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006022

Resumo

OBJETIVO Desenvolver ferramenta de avaliação de eficiência de hospitais universitários federais de perfil geral. MÉTODOS A análise envoltória de dados, técnica de programação linear, constrói uma fronteira de melhores práticas pela comparação da produção observada dadas as quantidades de recursos despendidas. O modelo é orientado a produto, e considera retornos variáveis de escala. A análise envoltória de dados em redes considera variáveis de ligação que pertencem a mais de uma dimensão (no modelo, médicos residentes, internações ajustadas e projetos de pesquisa). A análise envoltória de dados dinâmica usa variáveis de transporte (no modelo, receita) para analisar o deslocamento da fronteira em anos subsequentes. Os dados foram coletados do sistema de informações do MEC, 2010 a 2013. RESULTADOS Os escores médios de assistência, ensino e pesquisa no período foram: 58,0%, 86,0% e 61,0%, respectivamente. Em 2012, ano de melhor desempenho, para que todas as unidades atingissem a fronteira, seria necessário aumento médio de consultas de 65,0%; de internações, de 34,0%; de alunado de graduação, de 12,0%, de residência multiprofissional, de 13,0%, de pós-graduação, de 48,0%; de projetos de pesquisa, de 7,0%; além de queda de 9,0% de residentes médicos. No mesmo ano, para melhora da fronteira de produção assistencial, seria necessária a injeção de um aporte adicional de receita de 0,9%. Observou-se progressão da eficiência no ensino; oscilação na assistência e estagnação na pesquisa na avaliação dinâmica. CONCLUSÕES O modelo proposto gera parâmetros de planejamento e programação em saúde pública por meio do cálculo dos escores de eficiência e das projeções necessárias para alcance das fronteiras de melhores práticas.

Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Lobo, M. S. de C., Rodrigues, H. de C., André, E. C. G., Azeredo, J. A. de, & Lins, M. P. E. (2016). Análise envoltória de dados dinâmica em redes na avaliação de hospitais universitários . Revista De Saúde Pública, 50, 22. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006022