Sintomatologia depressiva entre moradores da zona rural de uma cidade no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000266Palavras-chave:
Adulto. Transtorno Depressivo, epidemiologia. Fatores de Risco. Fatores Socioeconômicos. População Rural.Resumo
OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde associados à sintomatologia depressiva em moradores na zona rural. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado com amostra representativa de 1.453 residentes na zona rural do município de Pelotas, RS, com 18 anos ou mais. Utilizou-se a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo para avaliar a sintomatologia depressiva, considerando ponto de corte ≥ 8 pontos. A associação entre o desfecho e as variáveis independentes foi avaliada por regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de sintomatologia depressiva foi de 35,4% (IC95% 31,5–39,3). Após o ajuste, a sintomatologia depressiva foi maior entre as mulheres (RP = 1,77; IC95% 1,46–2,15), indivíduos com baixa escolaridade (0–4 anos completos de estudo) (RP = 1,62; IC95% 1,22–2,16), pior condição socioeconômica (classes D ou E) (RP = 1,49; IC95% 1,22–1,83) e com doenças crônicas (RP = 1,74; IC95% 1,24–2,45). CONCLUSÕES: A alta prevalência de sintomatologia depressiva em moradores rurais indica a relevância da depressão como importante problema de saúde pública também nessa população. Atenção específica deve ser direcionada aos subgrupos que apresentaram as maiores prevalências de sintomatologia.