Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas
ELSI-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000635Palavras-chave:
Idoso, Acidentes por Quedas, Fatores Socioeconômicos, Inquéritos Epidemiológicos, Fatores AssociadosResumo
OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados a quedas em amostra nacional representativa da população idosa residente em áreas urbanas. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 4.174 participantes (60 anos ou mais) da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A variável de desfecho foi o relato de uma ou mais quedas nos últimos 12 meses. As variáveis exploratórias foram características sociodemográficas, fatores relacionados ao ambiente urbano e condições de saúde. A análise estatística foi realizada por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de quedas foi de 25,1%. Destas, 1,8% resultaram em fratura de quadril ou fêmur e, entre elas, 31,8% necessitaram de cirurgia com colocação de prótese. Após ajustes pertinentes, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) com a ocorrência de quedas foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,26], faixa etária igual ou superior a 75 anos (RP = 1,21), medo de cair devido a defeitos nos passeios (RP = 1,47), medo de atravessar a rua (RP = 1,22), diabetes (RP = 1,17), artrite ou reumatismo (RP = 1,29) e depressão (RP = 1,53). Não foram observadas associações significativas para o nível de escolaridade, a situação conjugal, a hipertensão e a percepção da violência na região de vizinhança. CONCLUSÕES: Os fatores associados às quedas entre idosos são multidimensionais, incluindo características individuais e o ambiente urbano, o que indica a necessidade de ações intra e intersetoriais para a prevenção de quedas nessa população.