Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas

ELSI-Brasil

Autores

  • Wendel Rodrigo Teixeira Pimentel Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia. Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde
  • Valéria Pagotto Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Enfermagem
  • Sheila Rizzato Stopa Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Maria Cristina Corrêa Lopes Hoffmann Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa
  • Fabíola Bof de Andrade Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Paulo Roberto de Souza Junior Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúd
  • Maria Fernanda Lima-Costa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Ruth Losada de Menezes Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia. Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000635

Palavras-chave:

Idoso, Acidentes por Quedas, Fatores Socioeconômicos, Inquéritos Epidemiológicos, Fatores Associados

Resumo

OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados a quedas em amostra nacional representativa da população idosa residente em áreas urbanas. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 4.174 participantes (60 anos ou mais) da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A variável de desfecho foi o relato de uma ou mais quedas nos últimos 12 meses. As variáveis exploratórias foram características sociodemográficas, fatores relacionados ao ambiente urbano e condições de saúde. A análise estatística foi realizada por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de quedas foi de 25,1%. Destas, 1,8% resultaram em fratura de quadril ou fêmur e, entre elas, 31,8% necessitaram de cirurgia com colocação de prótese. Após ajustes pertinentes, associações estatisticamente significantes (p < 0,05) com a ocorrência de quedas foram observadas para o sexo feminino [razão de prevalência (RP) = 1,26], faixa etária igual ou superior a 75 anos (RP = 1,21), medo de cair devido a defeitos nos passeios (RP = 1,47), medo de atravessar a rua (RP = 1,22), diabetes (RP = 1,17), artrite ou reumatismo (RP = 1,29) e depressão (RP = 1,53). Não foram observadas associações significativas para o nível de escolaridade, a situação conjugal, a hipertensão e a percepção da violência na região de vizinhança. CONCLUSÕES: Os fatores associados às quedas entre idosos são multidimensionais, incluindo características individuais e o ambiente urbano, o que indica a necessidade de ações intra e intersetoriais para a prevenção de quedas nessa população.

Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Pimentel, W. R. T., Pagotto, V., Stopa, S. R., Hoffmann, M. C. C. L., Andrade, F. B. de, Souza Junior, P. R. de, Lima-Costa, M. F., & Menezes, R. L. de. (2019). Quedas entre idosos brasileiros residentes em áreas urbanas: ELSI-Brasil. Revista De Saúde Pública, 52(Suppl 2), 12s. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000635