Prevalência e coocorrência de fatores de risco modificáveis em adultos e idosos
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001142Palavras-chave:
Adulto, Idoso, Doenças não Transmissíveis, prevenção & controle, Fatores de Risco, Comportamento Sedentário, Estilo de Vida Saudável, Conhecimentos, Atitudes e Prática em SaúdeResumo
OBJETIVO: Estimar a coocorrência dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em adultos (18 a 59 anos) e idosos (≥ 60 anos) residentes nas capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com dados de 35.448 adultos e 18.726 idosos coletados no Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) em 2015. Estimaram-se as prevalências de cada um dos cinco fatores de risco (tabagismo, excesso de peso, inatividade física, uso de álcool e alimentação não saudável), assim como sua coocorrência para as diferentes combinações possíveis, segundo variáveis socioeconômicas e autoavaliação da saúde. As associações independentes foram verificadas por meio de regressão logística multinomial para obter as estimativas do odds ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Ao menos dois fatores de risco estavam presentes em 38,5% dos adultos e 37,0% dos idosos. Adultos e idosos do sexo masculino, que não possuíam plano de saúde privado e que avaliaram sua saúde como regular ou ruim/muito ruim apresentaram maiores chances de ter dois ou mais comportamentos de risco simultâneos. Destaca-se a maior chance de coocorrência de tabagismo e uso abusivo de álcool em adultos (OR ajustado = 3,52) e idosos (OR ajustado = 2,94). CONCLUSÕES: Foram identificados subgrupos com maior risco de desenvolver múltiplos comportamentos não saudáveis e os comportamentos mais prevalentes. Almeja-se que esses resultados contribuam para o melhor direcionamento de ações de promoção de saúde e assistência preventiva. Destaca-se que, para a adoção de hábitos de vida saudáveis, as políticas macrossociais e intersetoriais são mais efetivas.