Sensibilidade tuberculínica pós-vacinal e sua irrelevância para a revacinação BCG

Autores

  • Gilberto Ribeiro Arantes Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101980000200011

Palavras-chave:

Vacinação BCG, Teste tuberculínico

Resumo

Revisão realizada com o objetivo de mostrar que a prática de revacinar com BCG, baseada na negatividade do teste tuberculínico pós-vacinal, é destituída de fundamentos científicos. São apresentados alguns fatos nos quais se baseia o teste tuberculínico padronizado, seguidos de comentários sobre o perfil tuberculínico de populações não vacinadas. Considerações sobre o perfil tuberculínico de populações vacinadas e suas variações no indivíduo e no grupo vacinado como um todo, conduzem ao questionamento sobre uma possível correspondência entre alergia pós-vacinal e resistência à tuberculose. Fatos de natureza epidemiológica e dados experimentais são arrolados, mostrando que a proteção conferida pela vacina não é proporcional ao grau de alergia induzida nos indivíduos; a esses argumentos se acrescenta a recente demonstração de que, embora tuberculino-negativas, crianças vacinadas podem apresentar intensa reatividade linfocitária ao PPD. Discute-se a utilização do teste tuberculínico na avaliação do processo de vacinação.

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Publicado

1980-06-01

Edição

Seção

Atualizações

Como Citar

Arantes, G. R. (1980). Sensibilidade tuberculínica pós-vacinal e sua irrelevância para a revacinação BCG . Revista De Saúde Pública, 14(2), 234-245. https://doi.org/10.1590/S0034-89101980000200011