Uso da invasão e evasão de óbitos para identificar polos de atração médico-assistencial: estudo realizado em uma Divisão Regional de Saúde de São Paulo (Brasil)

Autores

  • Gilberto Ribeiro Arantes Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Amábile Rodrigues Xavier Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social
  • Edgard Rolando Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; 6ª Divisão Regional de Saúde (Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101981000100004

Palavras-chave:

Assistência médica, Regionalização, Mortalidade

Resumo

Propõe-se um método para identificação dos polos naturais de atração médico-assistencial e suas respectivas áreas de influência, baseado no estudo da evasão e invasão de óbitos de residentes ocorridos nas diversas localidades que compõem uma região. Tal método pressupõe que os falecimentos que se dão fora da sede domiciliar, salvo eventos acidentais, decorrem da busca de assistência médica em localidades acessíveis e melhor aparelhadas. Quanto maior a evasão, menor o "poder de fixação" da área evadida; quanto maior a invasão, maior o "poder de atração" sobre a clientela. A "força de polarização" calculada a partir desses dois atributos foi estudada nos 80 municípios da 6ª Divisão Regional de Saúde de São Paulo. O material foi constituído de 36.448 óbitos de residentes certificados nos anos de 1972, 1974 e 1976, dos quais 3.930 aconteceram na região, porém fora do município de residência. As maiores taxas de polarização foram observadas nos municípios mais providos de recursos. Os polos naturais identificados nesta pesquisa coincidiram, na sua maioria, com os polos definidos pela regionalização administrativa disposta por lei.

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Publicado

1981-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Arantes, G. R., Xavier, A. R., & Rolando, E. (1981). Uso da invasão e evasão de óbitos para identificar polos de atração médico-assistencial: estudo realizado em uma Divisão Regional de Saúde de São Paulo (Brasil) . Revista De Saúde Pública, 15(1), 20-37. https://doi.org/10.1590/S0034-89101981000100004