Grau de exposição a praguicidas organoclorados em moradores de aterro a céu aberto

Autores

  • Eladio Santos Filho Secretaria de Estado da Saúde; Hospital Guilherme Álvaro
  • Rebeca de Souza e Silva Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Medicina Preventiva
  • Heloisa H C Barretto Instituto Adolfo Lutz
  • Odete N K Inomata Instituto Adolfo Lutz
  • Vera R R Lemes Instituto Adolfo Lutz
  • Tereza Atsuko Kussumi Instituto Adolfo Lutz
  • Sônia O B Rocha Instituto Adolfo Lutz

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000400018

Palavras-chave:

Exposição ambiental, Inseticidas organoclorados, Aterros sanitários, Disposição de resíduos perigosos, Poluição ambiental, Fatores de risco

Resumo

OBJETIVO: Estimar o grau de exposição interna aos praguicidas organoclorados (POP) dos moradores de um atêrro a céu aberto. MÉTODOS: Estudo observacional, de aferição simultânea e controlado, cujo fator de estudo foi residir em área contaminada por POP e o efeito foi a concentração sanguínea dessas substâncias. A população de estudo foi de 238 pessoas residentes em um aterro a céu aberto (Pilões), no município de Cubatão, SP; e a população de controle ficou dimensionada em 258 pessoas, também residentes no mesmo município (Cota 200). Foram analisados os praguicidas HCB, p-p'DDT, p-p'DDE, p-p'DDD, o-p'DDT, a HCH; b HCH; g HCH; Aldrin; Dieldrin; Endrin; Heptaclor; Heptaclor-epoxi e Mirex. RESULTADOS: Os teores médios sangüíneos de HCB em Pilões foram de 4,66 µg/L, 155 vezes maior que a média na Cota 200 (0,03 µg/L). Em Pilões, os teores médios de DDT total foram de 3,71 µg/L, duas vezes maior do que na Cota 200 (1,85 µg/L) e o HCH total apresentou concentrações sangüíneas seis vezes maiores em Pilões, 0,84 µg/L, contra 0,13 µg/L. CONCLUSÕES: Evidenciou-se associação positiva entre residir em Pilões e apresentar teores sangüíneos de POP, com risco muitas vezes maior quando comparado a localidades sem a presença desses contaminantes.

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Publicado

2003-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Santos Filho, E., Silva, R. de S. e, Barretto, H. H. C., Inomata, O. N. K., Lemes, V. R. R., Kussumi, T. A., & Rocha, S. O. B. (2003). Grau de exposição a praguicidas organoclorados em moradores de aterro a céu aberto . Revista De Saúde Pública, 37(4), 515-522. https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000400018