Bioética, solidariedade crítica e voluntariado orgânico
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300020Palavras-chave:
Bioética, Participação comunitária, Desenvolvimento da comunidade, Direitos humanosResumo
OBJETIVO: Propor a "solidariedade crítica" como valor a ser incorporado na agenda bioética do século XXI e como instrumento que guia as pessoas e associações na prática voluntária. MÉTODOS: Para explicar de que modo a solidariedade se materializa são analisadas as motivações à atividade voluntária das associações que integram o voluntariado do Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro. Os dados para análise foram obtidos pela aplicação de dois instrumentos: um questionário dividido em duas partes que o identificam o perfil socioeconômico, e a solidariedade como valor que motiva a atividade voluntária; e entrevista semi-estruturada para obtenção de dados complementares à análise. RESULTADOS: Os resultados mostram que a atividade voluntária se dá em torno de três tipos de motivações básicas: a) motivações pessoais relacionadas à vida do voluntário, b) motivações decorrentes da crença professada, e c) motivações despertadas pelo sentimento de solidariedade. CONCLUSÕES: A incorporação da solidariedade crítica impõe a ruptura do modelo de voluntariado assistencial detectado. Isso implica em visibilizar os interesses, que egóicos, em geral, permeiam as práticas voluntárias. Assim, qualifica-se um voluntariado orgânico, politizado e comprometido em atender demandas específicas dos tempos atuais.Downloads
Publicado
2005-06-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Selli, L., & Garrafa, V. (2005). Bioética, solidariedade crítica e voluntariado orgânico . Revista De Saúde Pública, 39(3), 473-478. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300020