Acurácia da definição de caso suspeito de rubéola: implicações para vigilância
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300013Palavras-chave:
Rubéola^i2^sepidemiolo, Rubéola^i2^sdiagnóst, Valor preditivo, Vigilância epidemiológica, Definição de casoResumo
OBJETIVO: Avaliar a acurácia da definição de caso suspeito de rubéola entre pacientes com doenças exantemáticas atendidos em unidades de saúde pública. MÉTODOS: A população de estudo foi constituída de pacientes com doença exantemática, com ou sem febre, atendidos em serviços de saúde pública, de janeiro de 1994 a dezembro de 2002 no município de Niterói, RJ. Dados clínicos e sorológicos foram utilizados para estimar os valores preditivos positivos da definição de caso suspeito de rubéola do Ministério da Saúde do Brasil e outras combinações de sinais e sintomas, considerando o resultado da sorologia como referência. A detecção de IgM específica para rubéola em amostras sangüíneas foi realizada por ensaio imunoenzimático. Foram calculados os valores preditivos positivos e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram estudados 1.186 pacientes com uma doença caracterizada por uma variada combinação de rash com ou sem febre, artropatia e linfoadenopatia. Pacientes com exantema, independentemente da presença de outros sinais e sintomas, apresentaram uma probabilidade de 8,8% de serem IgM positivos para rubéola. A definição de caso suspeito de rubéola utilizada no Brasil apresentou baixo valor preditivo positivo (13,5%). Esta definição de caso identificou corretamente 42,3% dos casos IgM positivos, e classificou de forma incorreta 26,1% dos IgM negativos. CONCLUSÕES: Os resultados indicam que as doenças exantemáticas devem ser investigadas em conjunto para fins de vigilância epidemiológica e coleta de espécimens clínicos para o diagnóstico laboratorial. Esta estratégia aumenta os custos, mas gera benefícios na interrupção da circulação do vírus e na prevenção da síndrome da rubéola congênita.Downloads
Publicado
2006-06-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Oliveira, S. A. de, Camacho, L. A. B., Pereira, A. C. de M., Bulhões, M. M., Aguas, A. F., & Siqueira, M. M. (2006). Acurácia da definição de caso suspeito de rubéola: implicações para vigilância . Revista De Saúde Pública, 40(3), 450-456. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300013