Relação entre médicos e pacientes com HIV: influência na adesão terapêutica e qualidade de vida

Autores

  • Cristina Herrera Instituto Nacional de Salud Pública; Centro de Investigaciones en Sistemas de Salud
  • Lourdes Campero Instituto Nacional de Salud Pública; Centro de Investigaciones en Sistemas de Salud
  • Marta Caballero Instituto Nacional de Salud Pública; Centro de Investigaciones en Sistemas de Salud
  • Tamil Kendall Fondo de Población de las Naciones Unidas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000200009

Palavras-chave:

Relações Médico-Paciente, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida^i3^sprevenção & contr, Conhecimentos^i3^sAtitudes e Prática em Sa, Pesquisa Qualitativa, México

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores no relacionamento com médicos que afetam a adesão terapêutica e a qualidade de vida de pessoas com o (HIV/Aids). MÉTODOS: Estudo qualitativo realizado no México, em 2003, com informantes recrutados em grupos de auto-ajuda e organizações não-governamentais de HIV/Aids e serviços de infectologia de hospitais públicos. Foram entrevistadas 40 pessoas vivendo com HIV/Aids e cinco líderes de grupos de auto-ajuda. Para coleta de dados os informantes responderam um questionário sociodemográfico em entrevista realizada em profundidade sobre a experiência de viver com VIH/Sida, incluindo os tratamentos; a percepção da doença; qualidade de vida; saúde física e emocional; e a relação com médicos. As respostas forma gravadas, transcritas e organizadas por temas com base em códigos, usando análise indutiva. RESULTADOS: A idade da maioria dos entrevistados variou entre 26 e 45 anos. Os principais problemas durante a procura de assistência relacionaram-se à falta de consciência de risco e de informação entre as pessoas vivendo com HIV/Aids e os médicos. Os médicos mostraram falta de capacitação em HIV/Aids. Na continuidade da assistência, os problemas relacionaram-se à aderência terapêutica deficiente, decorrente principalmente da falta de comunicação com médicos e da discriminação nos serviços públicos. CONCLUSÕES: De modo geral foram observados problemas de informação; falta de capacitação e paternalismo por parte do médico; e de estigma social das pessoas vivendo com HIV/Aids associados à epidemia.

Publicado

2008-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Herrera, C., Campero, L., Caballero, M., & Kendall, T. (2008). Relação entre médicos e pacientes com HIV: influência na adesão terapêutica e qualidade de vida . Revista De Saúde Pública, 42(2), 249-255. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000200009