Beneficiários do trabalho voluntário: uma leitura a partir da bioética

Autores

  • Lucilda Selli Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Volnei Garrafa Universidade de Brasília; Cátedra Unesco de Bioética; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
  • José Roque Junges Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000600015

Palavras-chave:

Trabalhadores Voluntários, psicologia, Motivação, Institutos de Câncer, Cuidados Paliativos, Bioética

Resumo

OBJETIVO: Descrever a percepção dos voluntários sobre os beneficiários do trabalho voluntário no setor de saúde hospitalar e a influência que o tema dos benefícios exerce sobre as motivações. MÉTODOS: Estudo exploratório com abordagem qualitativa. Participaram 110 voluntários em serviços de saúde referências no tratamento de câncer no Rio de Janeiro (RJ), com coleta de dados de outubro a dezembro de 2001. Os dados foram obtidos por dois instrumentos: um questionário com perfil socioeconômico e sobre motivações para atividade voluntária; e entrevista semi-estruturada para obtenção de dados complementares. RESULTADOS: A visão dos voluntários sobre os beneficiários da atividade voluntária esteve centrada mais freqüentemente no paciente (50,5%), no voluntário (41,9%) e na instituição e sociedade (7,6%). Paciente e voluntário foram considerados simultaneamente beneficiários, sendo o voluntário o que mais recebe benefícios. Foi relatada também uma compreensão do benefício social dessa atividade. CONCLUSÕES: Constatou-se que existe, entre os voluntários, uma noção da importância social do seu trabalho voluntário, faltando uma articulação maior entre motivações individuais e trabalho voluntário como espaço de enfrentamento de problemas sociais.

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Selli, L., Garrafa, V., & Junges, J. R. (2008). Beneficiários do trabalho voluntário: uma leitura a partir da bioética . Revista De Saúde Pública, 42(6), 1085-1089. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000600015