Qualidade da água para consumo humano e concentração de fluoreto

Autores

  • Paulo Frazão Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Prática de Saúde Pública
  • Marco A Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Departamento de Saúde Pública
  • Jaime A Cury Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Odontologia de Piracicaba; Departamento de Ciências Fisiológicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000046

Palavras-chave:

Água Potável, fluoretação, Qualidade da água, Revisão, Fluorose dentária

Resumo

O artigo visa analisar a concentração de fluoreto na água para consumo humano, considerando o balanço entre benefícios e riscos à saúde, e produzir subsídios para atualização da legislação brasileira. Estudos de revisão sistemática, documentos oficiais e dados meteorológicos foram examinados. As temperaturas nas capitais brasileiras indicam que o fluoreto deveria variar de 0,6 a 0,9 mg/L para prevenir cárie dentária. Concentração de fluoreto natural de 1,5 mg/L é tolerável para consumo no Brasil se não houver tecnologia de custo-benefício aceitável para ajuste/remoção do seu excesso. A ingestão diária de água com fluoreto em concentração >; 0,9 mg/L representa risco à dentição em menores de oito anos de idade e os consumidores deveriam ser expressamente informados desse risco. Considerando a expansão do programa nacional de fluoretação da água para regiões de clima tipicamente tropical, deve-se revisar a Portaria 635/75, relacionada ao fluoreto adicionado às águas de abastecimento público.

Publicado

2011-10-01

Edição

Seção

Revisão

Como Citar

Frazão, P., Peres, M. A., & Cury, J. A. (2011). Qualidade da água para consumo humano e concentração de fluoreto . Revista De Saúde Pública, 45(5), 964-973. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000046