Análise espacial da incidência de hanseníase e fatores socioeconômicos associados

Autores

  • Maria Rita de Cassia Oliveira Cury Secretaria Municipal de Saúde e Higiene
  • Vania Del´Arco Paschoal Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Susilene Maria Tonelli Nardi Instituto Adolfo Lutz; Laboratório Regional de São José do Rio Preto
  • Ana Patrícia Chierotti Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Antonio Luiz Rodrigues Júnior Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social
  • Francisco Chiaravalloti-Neto USP; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000086

Palavras-chave:

Hanseníase, epidemiologia, Fatores Socioeconômicos, Sistemas de Informação Geográfica, utilização, Vigilância Epidemiológica

Resumo

OBJETIVO: Identificar áreas com maior ocorrência de casos de hanseníase e fatores socioeconômicos e demográficos associados. MÉTODOS: Casos de hanseníase ocorridos entre 1998 e 2007 em São José do Rio Preto, SP, foram geocodificados e coeficientes de incidência foram calculados por setores censitários. Por meio da técnica de análise de componentes principais, obteve-se um escore para classificação socioeconômica. O uso do método de krigagem ordinária resultou em mapas temáticos para visualização da distribuição espacial da incidência de hanseníase, do nível socioeconômico e da densidade demográfica. RESULTADOS: Enquanto a incidência para toda a cidade foi de 10,4 casos por 100.000 habitantes por ano, entre 1998 e 2007, as incidências por setores censitários foram heterogêneas, variando de zero a 26,9 casos por 100.000 habitantes por ano. Houve concordância entre áreas com valores mais altos de incidência e menores níveis socioeconômicos. Foram identificados aglomerados de casos de hanseníase. Não foi observada associação da doença com densidade demográfica. Detectou-se falta de relação entre os locais de moradia da maioria dos doentes e a localização dos serviços de saúde. CONCLUSÕES: As técnicas de análise espacial utilizadas permitiram caracterizar as áreas mais deficitárias do município como as de maior risco para hanseníase.

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Publicado

2012-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Cury, M. R. de C. O., Paschoal, V. D., Nardi, S. M. T., Chierotti, A. P., Rodrigues Júnior, A. L., & Chiaravalloti-Neto, F. (2012). Análise espacial da incidência de hanseníase e fatores socioeconômicos associados . Revista De Saúde Pública, 46(1), 110-118. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000086