Validade transcultural da escala demanda-controle: trabalhadores suecos e brasileiros

Autores

  • Yara Hahr Marques Hökerberg Fundação Oswaldo Cruz; Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas; Laboratório de Epidemiologia Clínica
  • Michael Eduardo Reichenheim Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Eduardo Faerstein Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Sonia Regina Lambert Passos Fundação Oswaldo Cruz; Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas; Laboratório de Epidemiologia Clínica
  • Johan Fritzell Stockholm University; Karolinska Institute; Aging Research Center
  • Susanna Toivanen Karolinska Institute; Stockholm University; Centre for Health Equity Studies
  • Hugo Westerlund Stockholm University; Stress Research Institute

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005126

Resumo

OBJETIVO Avaliar a validade transcultural da escala demanda-controle, comparando o questionário original sueco com a versão brasileira. MÉTODOS Foram comparados os dados de trabalhadores de saúde, 362 suecos e 399 brasileiros. Foram utilizadas análise fatorial confirmatória e exploratória para avaliar a validade estrutural, usando o estimador robusto de mínimos quadrados ponderados ajustados para média e variância (WLSMV). A validade de construto via teste de hipóteses foi avaliada pela inspeção da distribuição dos escores médios das dimensões da escala segundo as características sociodemográficas e níveis de apoio social no trabalho. RESULTADOS A análise fatorial confirmatória e exploratória corroborou o instrumento em três dimensões (suecos e brasileiros): demandas psicológicas, uso de habilidades e autonomia para decisão. O modelo de melhor ajuste foi obtido após incluir uma correlação de resíduos entre os itens trabalho rápido e trabalho intenso (demandas psicológicas) e remover o item trabalho repetitivo (uso de habilidades). O teste de hipóteses mostrou que trabalhadores com nível universitário apresentaram maiores escores em uso de habilidades e autonomia para decisão e aqueles com grau elevado de apoio social no trabalho obtiveram escores menores em demandas psicológicas e maiores em autonomia para decisão. CONCLUSÕES Os resultados confirmaram a equivalência da estrutura dimensional em dois contextos laborais culturalmente diferentes. Uso de habilidades e autonomia para decisão formaram duas dimensões distintas e o item trabalho repetitivo deveria ser removido da escala.

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Publicado

2014-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Hökerberg, Y. H. M., Reichenheim, M. E., Faerstein, E., Passos, S. R. L., Fritzell, J., Toivanen, S., & Westerlund, H. (2014). Validade transcultural da escala demanda-controle: trabalhadores suecos e brasileiros . Revista De Saúde Pública, 48(3), 486-496. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005126