Religiosidade e rede de apoio social na vida das mulheres brasileiras e suas famílias no Japão

Autores/as

  • Regina Yoshie Matsue Universidade de Fortaleza; Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/sausoc.v22i2.76432

Resumen

As brasileiras no Japão vivem um estado de dupla discriminação no mercado de trabalho; como migrantes e como mulheres. Neste contexto, a mulher brasileira é alienada socialmente. Este artigo visa explorar o impacto e o sentido da religiosidade na vida destas mulheres e de suas famílias. O estudo é de natureza etnográfica. A pesquisa de campo: observação participante das várias atividades e celebrações do grupo católico e entrevistas com mulheres foi realizada sistematicamente no período de janeiro a junho de 2006, sendo complementado por coleta de dados em junho de 2008 na Diocese de Saitama. Esta Diocese está localizada na região de Kanto e inclui as províncias de Saitama, Gunma, Tochigi e Ibaraki. As missas têm uma participação média de cinquenta a sessenta pessoas, sendo a maioria mulheres. No total foram realizadas quinze entrevistas com as mulheres de vinte e cinco a cinquenta anos que frequentavam periodicamente as paróquias. A situação alienação social pode levar ao aparecimento das "perturbações físico-morais", impelindo as brasileiras a buscarem ajuda nos grupos religiosos. A partir das atividades e práticas religiosas, as brasileiras estabelecem campos de significação e o senso de sua própria identidade na sociedade japonesa. A certeza de poder contar com o apoio do grupo gera conforto para os migrantes que vivem em um ambiente incerto na sociedade receptora. Assim, a busca pela religiosidade pelas migrantes denota três imperativos: busca por apoio social material e/ou emocional, orientação na educação dos filhos e a necessidade de afirmação da identidade.

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Publicado

2013-06-01

Número

Sección

Part I - Dossier

Cómo citar

Matsue, R. Y. (2013). Religiosidade e rede de apoio social na vida das mulheres brasileiras e suas famílias no Japão. Saúde E Sociedade, 22(2), 298-303. https://doi.org/10.1590/sausoc.v22i2.76432