“Mas se o homem cuidar da saúde fica meio que paradoxal ao trabalho”: relação entre masculinidades e cuidado à saúde para homens jovens em formação profissional

Autores

  • Camylla Tenório Barros Universidade Federal de Pernambuco; Núcleo de Estudos e Pesquisas em Vulnerabilidade e Saúde na Infância e Adolescência
  • Daniela Tavares Gontijo Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Terapia Ocupacional; Núcleo de Estudos e Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde na Infância e Adolescência
  • Jorge Lyra Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Psicologia; Núcleo Feminista de Pesquisas em Gênero e Masculinidades
  • Luciane Soares de Lima Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Enfermagem
  • Estela Maria Leite Meirelles Monteiro Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Enfermagem; Grupo de Estudos e Pesquisas Assistir/Cuidar em Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902018166057

Palavras-chave:

Masculinidades, Saúde do Homem, Jovem, Trabalho.

Resumo

Este estudo objetivou compreender como homens jovens em formação profissional relacionam masculinidades e cuidados à saúde no contexto do trabalho. Por meio de uma abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas individuais com 27 homens jovens, com idades entre 17 e 19 anos, matriculados em cursos técnicos vinculados ao Programa Jovem Aprendiz de uma escola técnica localizada em Recife/PE. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática. O software Atlas.ti foi utilizado para auxiliar na organização do material produzido. O processo de análise resultou em duas categorias temáticas: “Dificuldades para promoção/prevenção à saúde” e “Possibilidades de promoção/prevenção à saúde”. Na primeira categoria, os jovens afirmaram que a rotina de atribuições, o fato de os homens priorizarem outras atividades e a forma como os serviços de saúde estão organizados dificultam para que homens jovens trabalhadores envolvam-se em ações de cuidado à saúde. Citaram também a concepção de que adolescentes têm dificuldades para buscar ações de promoção/prevenção da saúde. Na segunda categoria, os jovens apontaram que os cuidados à saúde acontecem por meio da manutenção de hábitos saudáveis ou no apoio fornecido pelos locais de trabalho. Os resultados apontaram diferentes maneiras de relacionar masculinidades e cuidados à saúde, com destaque para a reprodução de valores que reforçam essa relação baseada em modelos hegemônicos. Diante disso, observa-se a necessidade de práticas de educação em saúde, no intuito de desconstruir estereótipos e fortalecer a importância da prevenção e promoção da saúde entre homens jovens.

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Publicado

2018-06-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Barros, C. T., Gontijo, D. T., Lyra, J., Lima, L. S. de, & Monteiro, E. M. L. M. (2018). “Mas se o homem cuidar da saúde fica meio que paradoxal ao trabalho”: relação entre masculinidades e cuidado à saúde para homens jovens em formação profissional. Saúde E Sociedade, 27(2), 423-434. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018166057