Relação entre achados ultrassonográficos de tendinopatia e bursopatia de ombro e incapacidade para o trabalho
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v18i2p157-166Palavras-chave:
Bainha rotadora, Ultrassonografia, Avaliação de desempenho profissional.Resumo
Achados como tendinopatia e bursopatia são comumente encontrados em exames de ultrassonografia de ombro, mas nem sempre geram repercussão clínica. Consequentemente, tais achados não são interpretados pelo médico perito como doença ou lesão. Isso acaba gerando muitas contestações por procuradores e juízes a respeito da qualidade técnica do laudo pericial. O presente estudo tem por objetivo avaliar a interpretação dos médicos peritos quanto à relação entre os achados de tendinopatia e bursopatia em exames de ultrassonografia do ombro e a incapacidade para o trabalho. Para isso, foram analisados os laudos periciais entre 01.08.2013 e 01.12.2013 do Juizado Especial Federal Previdenciário de Curitiba nos quais o avaliado tinha como queixa principal a dor no ombro, e que os achados ultrassonográficos fossem condizentes com objetivo do estudo. Os resultados foram avaliados considerando os sinais clínicos encontrados, os achados dos exames ultrassonográficos e a determinação de incapacidade para o trabalho. Dentre os 21 indivíduos incluídos no trabalho, houve correspondência entre as alterações ultrassonográficas e positividade dos testes clínicos em 42,8% dos casos. No entanto, destes, apenas 33% foram definidos com portadores de incapacidade para o trabalho. Com base neste estudo concluiu-se que apenas 14,3% dos indivíduos que apresentavam as alterações ultrassonográficas estudadas foram considerados incapazes para o trabalho, o que evidencia que somente achados isolados de exames complementares não são determinantes para a avaliação da capacidade laboral.
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