O lugar da literatura juvenil distópica no polissistema literário brasileiro: o caso da trilogia “Divergente”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v31i0p87-111Palavras-chave:
Literatura juvenil, Distopia, Teoria dos Polissistemas, Tendências deformadorasResumo
Este artigo visa a discutir a tradução de literatura juvenil distópica no Brasil, considerando a demanda por este subgênero e sua relação direta com as escolhas do tradutor. Com base na Teoria dos Polissistemas (Even-Zohar 1990 [1978]) e nos conceitos de manipulação e patronagem (Lefevere 1992b), argumentamos que o polissistema literário brasileiro sofre influência de forças externas e internas que propiciam a entrada do subgênero distopia no sistema e que a literatura juvenil, tradicionalmente periférica ao sistema literário, tende a assumir posições mais privilegiadas face ao crescente consumo do subgênero, que estimula a produção nacional. No que diz respeito às escolhas tradutórias, analisamos qualitativamente, com base em Berman (2013 [1985]), trechos dos três volumes da trilogia Divergent, de Veronica Roth. Defendemos que as escolhas do tradutor estão sujeitas às pressões dos demais sistemas que coexistem ao sistema literário, podendo, dessa forma, sofrer deformações na medida em que buscam se adequar ao polissistema-alvo.
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Copyright (c) 2021 Natalia Regina da Silva, Sandra Aparecida Faria de Almeida
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