Tatit, Meschonnic e a tradução de Caipira (Marques; Macaraí 1992): diálogos e desafios iniciais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v38p116-141Schlagwörter:
Canção sertaneja, Caipira de Marques e Macaraí, Estudos linguísticos, Estudos da tradução, Semiótica da cançãoAbstract
À luz do diálogo inicial entre a Semiótica da Canção (Tatit 2003; 2012) e Estudos da Tradução (Jakobson 2010; Meschonnic 2006; 2008), proponho a descrição e análise de alguns elementos textuais de canção Caipira (Marques 1992) presente no álbum Planeta Azul (Chitãozinho & Xororó 1992) e sua tradução, integrante do álbum Grandes Clássicos da Música Sertaneja, vol. I (Chitãozinho & Xororó 2007). Busco enfatizar a interdependência entre categorias analíticas histórica e epistemologicamente tratadas pelos linguistas na ordem de sua discrição, e atento para que, conquanto aspectos estruturais elementares como letra, melodia e harmonia sejam preservados, o Ritmo, na condição de organização subjetiva e corpórea do discurso e apreendido na ordem do contínuo entre os níveis (Meschonnic 2006), permita a produção e reconhecimento de subjetivações e historicidades distintas.
Downloads
Literaturhinweise
ALONSO, G. Caubóis do asfalto: música sertaneja e modernização brasileira. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Niterói: UFF, 2011.
BENVENISTE, E. Os níveis de análise linguística. In: Problemas de linguística Geral, vol. 1, 4ª ed. Trad. Maria Glória Novak e Luiza Nieri. Campinas: Pontes, 1995.
CAIXETA, S. “Agora eu fiquei doce”: o discurso da autoestima no sertanejo universitário. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Estadual de Araraquara. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2016.
CALDAS, W. Acorde na Aurora: música sertaneja e indústria cultural. São Paulo: Ed. Nacional, 1977.
CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela Galhardo. Lisboa: Difel 1990.
CHARTIER, R. O que é um autor. Trad. Luzmara Curcino. São Carlos: EDUFSCar, 2012.
CHITÃOZINHO; XORORÓ; REZENDE; DEBÉTIO. Mano. In: Tempo (álbum). RCA Records Label, 1999.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2010.
DIETRICH, P. Plano da expressão musical: níveis de descrição. In: Estudos Semióticos, São Paulo, n. 2, 2006. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2006.49162>. Acesso em: 14 jan. 2021.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança Social. Trad. Izabel Magalhães (coord.). Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 2001.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. 8ª ed. Trad. Luiz Felipe Beata Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
HAN, B-C. Bom entretenimento: uma desconstrução da história da paixão ocidental. Trad. Lucas Machado. Petrópolis/RJ: Vozes, 2019.
JAKOBSON, R. Aspectos linguísticos da tradução. In: Linguística e comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes São Paulo. São Paulo: Cultrix, 2008.
LACERDA, O. Teoria elementar da música. São Paulo: Record Brasileira, 1961.
LIMA, T. “Processo de releitura da canção Caipira (Joel Marques, 1992)”. Comunicação pessoal. [Whatsapp, 11 nov. 2019].
LOW, P. The Pentathlon Approach to Translating Songs. In: GORLÉE, D. L. (org.). Song and Significance – Virtues and Vices of Vocal Translation. New York: Rodopi, 2005.
MARCIANO; ROSSI, D. Fio de Cabelo. In: Somos apaixonados (álbum). Intérprete: Chitãozinho & Xororó. Rio de Janeiro: Copacabana, 1982.
MARQUES, J.; MACARAÍ. Caipira. In: Planeta azul (álbum). Intérprete: Chitãozinho & Xororó. São Paulo: Polygram, 1992.
MARQUES, J.; MACARAÍ. Caipira. In: Grandes clássicos da música sertaneja Vol. 1 (álbum). Intérprete: Chitãozinho & Xororó. São Paulo: Radar Records, 2007.
MESCHONNIC, H. Linguagem Ritmo e vida. Trad. Cristiano Florentino. Belo Horizonte: FALE, 2006.
MESCHONNIC, H. Poética de traduzir. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo, Perspectiva, 2010.
NEIVA, A. N. Chitãozinho & Xororó: Nascemos para cantar. São Paulo: Prêmio, 2002.
OLIVEIRA, A. S. O modelo semiótico de Luiz Tatit e suas implicações na análise da canção popular no Brasil: algumas considerações iniciais. Linguagem – Estudos e Pesquisas, v. 16, n. 02, p. 131-147, jul/dez 2012.
PIOVEZANI, C. A voz do povo: breve genealogia de uma longa história de discriminações. São Paulo: Vozes, 2020.
PYM, A. Explorando teorias da tradução. Trad. Rodrigo Borges de Faveri, Claudia Borges de Favere e Juliana Steil. São Paulo: Perspectiva, 2017.
RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido de Brasil. 2a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SANTOS, J. C. R. “Ai se eu te pego!” - um caso de (in)fidelidade: uma leitura holística do hit e suas traduções à luz da Análise Crítica do Discurso e dos Estudos de Tradução. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos. São Carlos: UFSCar, 2019.
SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 2006.
TATIT, L. O cancionista: composição de canções no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012.
TATIT, L. Semiótica da canção: música e letra. São Paulo: Escuta, 1995.
TATIT, L. Elementos de análise da canção popular. Cadernos de semiótica aplicada. v. 1, n. 2, dez. 2003.
TREECE, D. Melodia, texto e O cancionista de Luiz Tatit. Revista Teresa – Revista de Literatura Brasileira. FFCHL/Editora 34, n. 4 e 5, 2003. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/teresa/article/view/116391/113976. Acesso em: 14 jan. 2021.
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2021 Julio César Ribeiro dos Santos

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Weitergabe unter gleichen Bedingungen 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).