Por que as baratas morrem com as patas para cima? - Resultado da tradução automática de textos escritos em aplicativos para Língua Brasileira de Sinais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v45p11-45Palabras clave:
Libras, Aplicativos de acessibilidade, Comunicação para surdos, Inclusão digital, Ambiguidade lexicalResumen
No Brasil, os aplicativos e as diferentes plataformas online que transformam informações escritas da língua portuguesa para a Línguas Brasileira de Sinais (Libras) vêm aumentando gradativamente e parecem ser um meio facilitador para acesso a diferentes conteúdos essenciais, tais como sites do Ministério da Educação, do Departamento Estadual de Trânsito, dentre outros. É incontestável que a tradução de textos escritos para línguas de sinais desempenha um papel importante na quebra de barreiras de comunicação dos surdos e deficientes auditivos, ou para os não surdos que, de alguma maneira, utilizam desses recursos, seja como suporte na aprendizagem da Libras ou como um meio de comunicação. Em vista disso, o objetivo deste trabalho é apresentar os resultados obtidos com a tradução automática de textos da língua portuguesa para Libras, utilizando-se dois aplicativos gratuitos. Baseando-se em pesquisas que exploram o léxico e a semântica lexical, com especial atenção à ambiguidade lexical em Libras, realizo uma reflexão sobre o uso desses aplicativos por estudantes em estágios iniciais de aprendizado da Libras. Com o intuito de analisar o processo de tradução automática do português para Libras, apresento resultados oriundos do emprego desses aplicativos em ambientes de sala de aula. Como suporte teórico, recorro à Teoria da Semântica Lexical de Cruse (1996) e Geeraerts (2010), além de incorporar alguns princípios do Processamento da Linguagem Natural. Os resultados revelam que, embora a tradução automática seja uma ferramenta valiosa, ainda há desafios a serem superados. A ambiguidade lexical em Libras, por exemplo, apresenta-se como um obstáculo que requer aprimoramentos nos algoritmos de tradução. Além disso, a pesquisa destaca a importância de considerar o contexto e a semântica para uma tradução mais precisa.
Descargas
Referencias
Albuquerque, L. G. De; Xavier, A. As línguas de sinais são línguas naturais? Porto das Letras, v. 8, 2022, pp. 1 – 14.
Barbosa, H. G. Procedimentos técnicos da tradução: uma nova proposta. Campinas (SP): Pontes, 2004.
Bidarra, J. O Léxico no Processamento da Linguagem Natural. Cascavel (PR): Edunioeste, 2004.
Brasil. Senado Federal. Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436 de 24 de abril, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. Brasília: Senado Federal, 2005.
Brasil. Senado Federal. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, a. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Senado Federal, 2005.
Brent, d. m. Por que as baratas morrem de patas para cima? Texto de Diego M. Brent, enviado por e-mail. Editora Abril, Ano 11, n. 540, São Paulo, 15/07/10, 2010, p.4.
Capovilla, F. C.; Raphael, W. D.; Temóteo, J. G.; Martins, A. C. Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: A Libras em suas mãos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2017. Vol. 1 e 2.
Chowdhury, G. C. Natural Language Processing, Annual Review of Information Science and Technology, v. 37, 2003, pp. 51-89.
Consolo, A. T.; Silva, M. G. M. Mobile Learning – uso de dispositivos móveis como auxiliar na mediação pedagógica de cursos a distância. In: Reunião Anual da SBPC, 60., São Paulo, 2008.
Deuchar, M. British Sign language. London: Routledge and Kegan, Paul, Londin; Boston: Melboume and Henley, 1984.
Felipe. T. A. Um estudo diacrônico de Verbos da LIBRAS e da ASL. In: Encontro da ANPOLL, João Pessoa, 1996.
Felipe. T. A. A relação sintático-semântica dos verbos na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). 1998. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998.
Ferreira-Brito, L. Por uma gramática de Língua de Sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.
Friedman, L.A. The manifestation of subject, object and topic in American Sign Language. In: LI, C. N. (ed.). Word order and world order change. Austin: University of Texas Press, 1976:125-148.
Gama, F. J. da. Iconographia dos signaes dos surdos-mudos. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de E. & H. Laemmert, 1875.
Gava, V.; Inacio, A.; Kleine, F.; Souza, F.; Bidarra, J.; Martins, T.; Rocha, J.; Gomes, D.; IPT; Unioeste; Lenovo. Proposal of a software translator with interlanguage translation resources, Brazilian Sign Language (Libras)–Portuguese. In: Advances in Artificial Intelligence–IBERAMIA 2022: 17th Ibero-American Conference on AI, Cartagena de Indias, Colombia, November 23–25, 2022, p.410-417.
Geeraerts, Dirk. Theories of Lexical Semantics. New York: Oxford University Press, 2010.
Herrero Blanco, A. Gramática Didáctica de la Lengua de Signos Española [LSE]. Boadilla del Monte: Ediciones SM, 2009.
Klima, E., Bellugi, U. The Signs of Language. Cambridge MA: Harvard University Press, 1979.
Liddell, S. An Jnvestigation into the Syntactic Struture of ASL. 1977. Doctoral Dissertation - University of Califomia, Sand Diego, 1977.
Martins, T. A. Um estudo descritivo sobre as manifestações de ambiguidade lexical em Libras. 2013. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2013.
Padden, C. Interation of morphology and Syntax in American Sign Language. Doctor of Philosophy in Linguistics. 1983. Dissertation - University of California, San Diego, 1983.
Paiva, F. A. dos S.; Barbosa, P. A.; Martino, J. M.; Will, A. D.; Oliveira, M. R.; Silva, I. R.; Xavier, A. N. Análise do papel das expressões não manuais na intensificação em Libras. D.E.L.T.A., v. 34, n. 4, São Paulo, 2018, pp. 1135-1158.
Paulus, L. Conditional clauses in German Sign Language (DGS) and Brazilian Sign Language (Libras) – An empirical sociolinguistic study. Sign Language & Linguistics, v. 25, n. 2, 2022, pp. 245–257.
Polguère, A. Lexicologia e Semântica Lexical: noções fundamentais. Tradução de Sabrina Abreu de, Pereira de. São Paulo: Contexto, 2018.
Quadros, R. M.; Karnopp, L. B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
Schembri, A.; Cormier, K.; Fenlon, J. Indicati ng verbs as typologically unique constructi ons: Reconsidering verb ‘agreement’in sign languages. Journal of General Linguistics, v. 3, n. 1, 2018, pp. 84-118.
Silva, A. S. O Mundo dos Sentidos em Português polissemia, semântica e cognição. Coimbra: Ed. Almedina, 2006.
Stokoe, W.C. Sign Language Structure. Silver Spring, Linstok Press, 1960.
Stokoe, W.C.; CASTERLINE, D. C.; & CRONEBERG, C. G. A dictionary of American Sign Language on linguistic principles. DC: Gallaudet College. Linstok Press, 1965.
Supalla, T. Structure and Acquisition of Verbs of Motion and Location in American Sign Language. 1982. Ph.D. Dissertation - University of California, San Diego, 1982.
Supalla, T. The classifier system in ASL. In CRAIG, C. (ORG.). Noun classes and categorization: Typological studies in language. Philadelphia: John Benjamin Publishing Co. 1986.
Ullmann, S. Semântica: uma introdução à ciência do significado. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1964.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Tânia Aparecida Martins

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).