Um glossário dos Estudos de Gênero no Brasil: bastidores de um trabalho terminográfico
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v43p154-195Mots-clés :
Terminologia, Terminografia, Linguística de Corpus, Estudos de gênero, GlossárioRésumé
Este trabalho apresenta a elaboração de “Um glossário dos Estudos de Gênero no Brasil”, um produto terminográfico feito com base na compreensão de que os termos são unidades das línguas gerais que adquirem caráter especializado de acordo com seu uso em contextos especializados. Portanto, utilizou-se a abordagem metodológica da Linguística de Corpus para a compilação de um corpus de estudo, bem como para a identificação das unidades terminológicas. O corpus, composto por artigos científicos de dois dos mais importantes periódicos da área no Brasil, a Revista de Estudos Feministas e a Cadernos Pagu, foi processado e analisado com a ferramenta Antconc. Além dos 218 termos elencados como entradas, organizados a partir de termos-base, o glossário apresenta contextos explicativos e/ou associativos, notas variadas e um sistema de sistema de cruzamento de informações que conecta os termos do campo.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Agência Câmara de Notícias. Mulheres negras são maioria das vítimas de feminicídio e as que mais sofrem com desigualdade social. 30 nov. 2021. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/832964-mulheres-negras-sao-maioria-das-vitimas-de-feminicidio-e-as-que-mais-sofrem-com-desigualdade-social/. Acesso em 8 mar. 2023.
Aubert, F. H. Introdução à metodologia da pesquisa terminólogica bilíngue. 2. ed. São Paulo: FFLCH/CITRAT, 2001a.
Aubert, F. H. Língua como Estrutura e como Fato Histórico-Social: Consequências para a Terminologia. In: Alves, I. M. (Org.). A Constituição da Normalização Terminológica no Brasil. Cadernos de Terminologia nº 1. 2 ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2001b: 11-15.
Baker, P. Using Corpora to Analyze Gender. London: Bloomsbury Academic, 2014.
Benevides, B. G. Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2022. Brasília, DF: Distrito Drag; ANTRA, 2023.
Berber Sardinha, T. Lingüística de corpus: histórico e problemática. DELTA, São Paulo, 16(2), 2000: 323-367. https://doi.org/10.1590/S0102-44502000000200005
Bevilacqua, C. R. Investigación sistemática en terminología. In: Teoría y Práxis en Terminología. Catalá, Sara Álvarez; Barité, Mario (orgs.). Montevideo: Universidad de la República, 2016.
Cabré, M. T. El principio de poliedricidad: la articulación de lo discursivo, lo cognitivo y lo lingüístico en Terminología (I). IBÉRICA, n. 16, 2008: 9-36.
Cabré, M. T. La terminología. Representación y comunicación. Una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: Institut Universitari de Lingüística Aplicada, Universitat Pompeu Fabra, 1999.
Cabré, M. T. Sumario de principios que configuran la nueva propuesta teórica y consecuencias metodológicas. In: Cabré, M. T.; Feliu, J. (org.). La terminología científico-técnica: reconocimiento, análisis y extracción de información formal y semântica. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra; Institut Universitar i de Lingüística Aplicada. 2001: 17-25.
Costa, A. de O. Revista Estudos Feministas: primeira fase, locação Rio de Janeiro. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12 n. especial), 2004: 211-221. https://doi.org/10.1590/S0104- 026X2004000300022
Cupani, A. A objetividade científica como problema filosófico. Cadernos Catarinenses de Ensino de Física, v. 6 (número especial), 1989: 18-29.
Desenvolvimento Social, Governo do Estado de São Paulo. Violência contra a mulher é preocupante durante a pandemia. Governo do Estado de São Paulo, 10 mai. 2021. Disponível em: https://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/violencia-contra-a-mulher-e-preocupante-durante-a-pandemia/. Acesso em 8 mar. 2023.
Diniz, D.; Foltran, P. Gênero e feminismo no Brasil: uma análise da Revista Estudos Feministas. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12 (n. especial), 2004: 245-253. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2004000300026
Facchini, R. Cadernos Pagu: desafios, nossas respostas e novidades. Blog SciELO em Perspectiva: Humanas, [S.l.], 30 jun. 2017. Disponível em: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/06/30/cadernos-pagudesafios-nossas-respostas-e-novidades/.
Finatto, M. J. B. Terminologia e Lingüística de Corpus: da perspectiva enunciativa aos novos enfoques do texto técnico-científico. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 39, n. 4, dezembro, 2004: 97-106.
Fischer-Starcke, B. Keywords and frequent phrases of Jane Austen’s Pride and Prejudice A corpus-stylistic analysis. International Journal of Corpus Linguistics 14(4), 2009: 492–523.
Fromm, G.; Yamamoto, M. Compilação, reciclagem e padronização de um Corpus Colaborativo de Linguística: percursos metodológicos. Rev. Estud. Ling., Belo Horizonte, v. 29, n. 3, 2021: 2041-2078.
Heilborn, M. L.; Sorj, B. Estudos de Gênero no Brasil. In: MICELI, S. (org.). O que ler na Ciência Social brasileira (1970-1995). São Paulo: Editora Sumaré; ANPOCS; Brasília: CAPES, 1999: 183-222.
Heilborn, M. Usos e abusos da categoria gênero. In: HOLLANDA, H. B. de (Org.) Y Nosotras Latinoamericanas? Estudos sobre gênero e raça. Fundação Memorial da América Latina, 1992: 39-44.
Ilha, F. Mais de 1,2 milhão de mulheres negras perderam o emprego na pandemia. Extraclasse, 8 mar. 2022. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/movimento/2022/03/mais-de-12-milhao-de-mulheres-negras-perderam-o-emprego-na-pandemia/. Acesso em 8 mar. 2023.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estatísticas do cadastro central de empresas: 2020/IBGE, Coordenação de Cadastros e Classificações. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
Instituto Patrícia Galvão. Violência doméstica contra a mulher na pandemia. 2020. Disponível em: https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/dados-e-fontes/pesquisa/violencia-domestica-contra-a-mulher-na-pandemia-instituto-patricia-galvao-locomotiva-2020/. Acesso em 8 mar. 2023.
Krebs, L. M. Terminologia e variação conceitual: um estudo de interface com ontologias. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo: 2016.
Krieger, M. G. Finatto, M. J. B. Introdução à terminologia: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2004.
Krieger, M. G. Porque lexicografia e terminologia: relações textuais. In: Encontro Círculo De Estudos Linguísticos Do Sul, 8., Pelotas. Anais... Pelotas: Educat, 2008.
Krieger, M. G.; MACIEL, A. M. B.; BEVILACQUA, C. R. Relações semânticas de um dicionário ambiental. In: KRIEGER, Maria da Graça; MACIEL, Anna Maria Becker (orgs.). Temas de terminologia. Porto Alegre/São Paulo: Ed. Universidade/UFRGS/Humanitas/USP, 2001: 252-258.
Maluf, S. W. As edições eletrônicas da REF (e a democratização do acesso à produção acadêmica e científica). Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 16(1), 2008: 123-127. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000100012
Meyer, D. E., Santos, L. H. S., Oliveira, D. L., Wilhelms, D. M. 'Mulher sem-vergonha' e 'traidor responsável': problematizando representações de gênero em anúncios televisivos oficiais de prevenção ao HIV/AIDS. Revista Estudos Feministas, 12(2), 2004: 51–76. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2004000200004
Minella, L. S. A contribuição da Revista Estudos Feministas para o debate sobre gênero e feminismo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12 (n. especial), 2004: 223-234. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2004000300024
Moraes, M. L. Q. D. Usos e limites da categoria gênero. Cadernos Pagu, Campinas, SP, (11), 1998: 99-105.
Moschkovich, M. B. F. G. Feminist Gender Wars: A recepção do conceito de gênero no Brasil (1980s-1990s) e as dinâmicas globais de produção e circulação de conhecimento. Tese de Doutorado. Campinas, Unicamp, 2018.
Piscitelli, A. Gênero em perspectiva. Cadernos Pagu, Campinas, SP, (11), 1998: 141-155.
Piscitelli, A. Gênero: a história de um conceito. In: BUARQUE DE ALMEIDA, H.; SZWAKO, J. (org.). Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009: 116-148.
Piscitelli, A., Beleli, I., Lopes, M. M. Cadernos Pagu: contribuindo para a consolidação de um campo de estudos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 11(1), 2003: 242-246. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2003000100015
Salabert, D. Os impactos da pandemia na população trans. Jornal Nexo, 21 maio 2021. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/tribuna/2021/Os-impactos-da-pandemia-na-popula%C3%A7%C3%A3o-trans. Acesso em 8 mar. 2023.
Stubbs, M. The Search for Units of Meaning: Sinclair on Empirical Semantics. Applied Linguistics, 30(1), 2009: 115-137.
Suárez, M. M. La variación denominativa explícita: propuesta de tipologías de casos. Organon, v. 18, n. 37, 2004: 187-211.
Tagnin, S. E. O. A Linguística de Corpus na e para a Tradução. In: VIANA, V.; TAGNIN, S. (org.). Corpora na Tradução. São Paulo: HUB, 2015a: 19-56.
Tagnin, S. E. O. Corpus-Driven Glossaries in Translator Training Courses. Oslo Studies in Language, Oslo, v. 7, n. 1, 2015b: 359-377. DOI: https://doi.org/10.5617/osla.1447.
Valente, J. Brasil registrou 140 assassinatos de pessoas trans em 2021. Agência Brasil, 29 jan. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2022-01/brasil-registrou-140-assassinatos-de-pessoas-trans-em-2021. Acesso em 8 mar. 2023.
Waquil, M. Um corpus de Estudos de Gênero: por quê, como e para quê? Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 29, n. 2, 2021: 739-770.
Waquil, M. Um glossário dos Estudos de Gênero no Brasil. Disponível em: https://comet.fflch.usp.br/glossarios. (no prelo)
Williams, G. Many rooms with corpora. International Journal of Corpus Linguistics 15(3), 2010: 400-407.
Zanettin, F. Translation-Driven corpora - Corpus Resources for Descriptive and Applied Translation Studies. Translation Practices Explained, v. 14. St. Jerome, 2012.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Marina Leivas Waquil 2023

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).