Trabalho e ação sindical em Redes Globais de Produção
DOI :
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.138078Mots-clés :
Redes Globais de Produção (RGPs), Agência, Trabalho, Sindicato, Poder coletivoRésumé
O artigo pretende fazer um balanço da incorporação do trabalho e da ação coletiva sindical à abordagem das redes globais de produção (RGPs) e de seus limites e potencial para o desenvolvimento de uma concepção sociológica multiagente e multiescalar do mundo do trabalho. Partindo da organização em rede das estratégias corporativas e seus impactos sobre as condições e relações de trabalho, a intenção é aprofundar o entendimento: (1) da conformação de redes laborais dispersas geograficamente, embora funcionalmente integradas; (2) do impacto destas sobre as formas de agência individual de trabalhadores, em suas variadas segmentações etária, étnica, de gênero e geográfica; e (3) das restrições e oportunidades à emergência de formas de ação e poder coletivo transnacionais condicionantes da agência econômica e política e influentes sobre a forma concreta dessas redes.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Abreu, Alice et al. (2000), “‘The dream factory’: VW’s modular production system in Resende, Brazil”. Work, Employment & Society, 14 (2):265-282.
Barrientos, Stephanie et al. (2011), “Decent work in global production networks: framing the policy debate”. International Labour Review, 150 (3-4): 297-317.
Beynon, Huw. (1995), Trabalhando para Ford: trabalhadores e sindicalistas na industria automobilistica. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
Burawoy, Michael. (1979), Manufacturing consent: changes in the labor process under monopoly capitalism. Chicago, University of Chicago Press.
______. (2010), “From Polanyi to Pollyanna: the false optimism of global labor studies”. Global Labour Journal, 1 (2): 301-313.
Carswell, Grace & De Neve, Geert. (2013), “Labouring for global markets: conceptualising labour agency in global production networks”. Geoforum, 44: 62-70.
Castells, Manuel. (1999), A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo, Paz e Terra.
Coe, Neil M. & Hess, Martin. (2013), “Global production networks, labour and development”. Geoforum, 44: 4-9.
Cumbers, Andy et al. (2008), “Labour agency and union positionalities in global production networks”. Journal of Economic Geography, 8 (3): 369-387.
Dicken, Peter. (2010), Mudança global: mapeando as novas fronteiras da economia mundial. Porto Alegre, Bookman.
Evans, Peter. (2010), “Is it labor’s turn to globalize? Twenty-first century opportunities and strategic responses”. Global Labour Journal, 1 (3): 352-379.
Fairbrother, Peter & Webster, Edward. (2008), “Social movement unionism: questions and possibilities”. Employee Responsibilities and Rights Journal, 20 (4): 309-313.
Gereffi, Gary et al. (2005), “The governance of global value chains”. Review of International Political Economy, 12 (1): 78-104.
Gereffi, Gary & Korzeniewicz, Miguel (orgs.). (1994), Commodity chains and global capitalism. Westport/Londres, Praeger.
Granovetter, Mark. (1985), “Economic action and social structure: the problem of embeddedness”. American Journal of Sociology, 91 (3): 481-510.
Gumbrell-McCormick, Rebecca & Hyman, Richard. (2013), “Os sindicatos na Europa Ocidental: tempos difíceis, escolhas difíceis”. Global Labour Column, 148: 1-3.
______. (2015), “International trade union solidarity and the impact of the crisis”. European Policy Analysis, 1: 1-16.
Hall, Peter A. & Soskice (orgs.). (2001), Varieties of capitalism: the institutional foundations of comparative advantage. Oxford, Oxford University Press.
Henderson, Jeffrey et al. (2011), “Redes de produção globais e a análise do desenvolvimento econômico”. Revista Pós Ciências Sociais, 8 (15): 143-170.
Hess, Martin. (2004), “‘Spatial’ relationships? Towards a reconceptualization of embeddedness”. Progress in Human Geography, 28 (2): 165-186.
Hommel, Thierry & Godard, Olivier. (2005), “Contestação social e estratégias de desenvolvimento industrial: aplicação do modelo da gestão contestável à produção industrial de ogm”. In: Varella, Marcelo Dias & Barros-Platiau, Ana Flávia (orgs.). Organismos geneticamente modificados. Belo Horizonte, Del Rey, pp. 251-284.
Humphrey, John & Schmitz, Hubert. (2002), “How does insertion in global value chains affect upgrading in industrial clusters?”. Regional Studies, 36 (9): 1017-1027.
Hyman, Richard. (2001), Understanding european trade unionism: between market, class and society. Londres, Sage.
Hyman, Richard & Gumbrell-McCormick, Rebecca. (2010), “Trade unions, politics and parties: is a new configuration possible?”. Transfer: European Review of Labour and Research, 16 (3): 315-331.
McGrath, Siobhán. (2013), “Fuelling global production networks with slave labour? Migrant sugar cane workers in the Brazilian ethanol gpn”. Geoforum, 44: 32-43.
McGrath-Champ, Susan et al. (2015), “Global destruction networks, the labour process and employment relations”. Journal of Industrial Relations, 57 (4): 624-640.
Mello e Silva, Leonardo et al. (2015), Redes sindicais em empresas transnacionais: enfrentando a globalização do ponto de vista dos trabalhadores. São Paulo, Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil.
Munck, Ronaldo. (1999), “Labour dilemmas and labour futures”. In: ______ & Waterman, Peter. Labour Worldwide in the era of globalization: alternative union models in the new world order. Basingstoke, Macmillan, pp. 3-23.
______. (2010), “Globalization and the labour movement: challenges and responses”. Global Labour Journal, 1 (2): 218-232.
______. (2013), “Global crisis: global opportunity? Trade unions, migration and social transformation”. Global Labour Journal, 4 (3): 236-251.
Phillips, Nicola. (2011), “Informality, global production networks and the dynamics of ‘adverse incorporation’”. Global Networks, 11 (3): 380-397.
Phillips, Nicola & Sakamoto, Leonardo. (2012), “Global production networks, chronic poverty and ‘slave labour’ in Brazil”. Studies in Comparative International Development, 47 (3): 287-315.
Pries, Ludger & Seeliger, Martin. (2013), “Work and employment relations in a globalized world: the emerging texture of transnational labour regulation”. Global Labour Journal, 4 (1): 26-47.
Ramalho, José Ricardo. (2005), “Novas conjunturas industriais e participação local em estratégias de desenvolvimento”. Dados, 48 (3): 491-524.
______. (2014), “Trabalho, sindicato e globalização”. Politica & Trabalho, 41: 25-43.
Ramalho, José Ricardo et al. (2013), “Estratégias de desenvolvimento industrial e dinâmicas territoriais de contestação social e confronto político”. Sociologia & Antropologia, 3 (5):175-200.
Rombaldi, Maurício. (2016), “Diferentes ritmos da internacionalização sindical brasileira: uma análise dos setores metalúrgico e de telecomunicações”. Caderno crh, 29 (28): 535-551.
Santos, Rodrigo Salles Pereira dos. (2011), “Redes de produção globais (rpgs): contribuições conceituais para a pesquisa em ciências sociais”. Revista Pós Ciências Sociais, 8 (15): 127-142.
Selwyn, Ben. (2013), “Social upgrading and labour in global production networks: a critique and an alternative conception”. Competition & Change, 17 (1): 75-90.
Tarrow, Sidney. (2009), O poder em movimento: movimentos sociais e confronto político. Petrópolis, Vozes.
Weber, Max. (2006), A “objetividade” do conhecimento nas ciências sociais. São Paulo, Ática.
Webster, Edward. (2010), “From critical sociology to combat sport? A response to Michael Burawoy’s ‘From Polanyi to Pollyanna: the false optimism of global labour studies’”. Global Labour Journal, 1 (3): 384-387.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Tempo Social 2018

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.