Criptojudaísmo no feminino. Uma análise da Resistência judaica na Bahia Quinhentista a partir das fontes da I Visitação do Santo Ofício ao Brasil

作者

  • Angelo Adriano Faria de Assis Doutor em História pela UFF; Professor Adjunto – UFV.

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https://doi.org/10.11606/issn.2179-5894.ip1-10

摘要

Implantado em Portugal o monopólio católico a partir de 1497, com o processo de expulsão/conversão forçada de judeus e mouros do reino, não tardariam a se agigantar os problemas de intolerância religiosa disfarçada de problema social entre os cristãos-velhos e os neoconversos. A instauração do Santo Ofício da Inquisição em Portugal, no ano de 1536, com o intuito de zelar pela pureza da fé católica, teria nos cristãos-novos suas principais vítimas. Com a intensificação dos trabalhos inquisitoriais, muitos deixaram Portugal, tornando-se o trópico brasílico, região do açúcar, principal produto da colônia naquele momento, dos destinos preferidos. Durante a primeira visitação inquisitorial às capitanias açucareiras do Nordeste (Bahia, Pernambuco, Paraíba e Itamaracá), entre 1591 e 1595, ganha destaque o número de mulheres cristãs-novas acusadas de práticas judaizantes, sinalizando a intensa participação feminina no processo de resistência judaica, como propagadoras do judaísmo secreto que se tornara possível para a divulgação e sobrevivência das antigas tradições, adaptado o judaísmo às dificuldades e perseguições que lhe foram impostas. Os processos contra a família Antunes, do Recôncavo Baiano – a matriarca Ana Rodrigues, primeira vítima da Inquisição no Brasil condenada à fogueira, mais suas filhas e netas –, insistentemente delatada perante a Inquisição, mostram-se primordiais para esta análise.

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    Doutor em História pela UFF; Professor Adjunto – UFV.

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2020-12-08

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Artigos