O Tempo em John Banville: de Einstein a Bergson
DOI:
https://doi.org/10.37389/abei.v22i1.3855Palavras-chave:
Envelhecimento, John Banville, Henri Bergson, Birchwood, Doctor Copernicus, Albert Einstein, The Infinities, TemporalidadeResumo
Há um claro envolvimento com as teorias do tempo na obra de Banville como um todo, desde em seus primeiros livros publicados até nos romances do século XXI. Considerando os conceitos de idade e envelhecimento, exploro como os personagens de Banville adotam e interrogam as ideias concorrentes de Albert Einstein e Henri Bergson sobre o presente e a passagem do tempo, deixando de favorecer o primeiro e priorizando o segundo. A concepção de Martin Heidegger de Dasein, um Ser em direção à morte, permite-me explorar como os personagens de Banville evocam a relação espaço-tempo de Einstein e séries de “agoras”, ou a Duração psicologizada de Bergson (Durée). Isso é confirmado na narrativa subvertida e anti-atávica de Gabriel Godkin em Birchwood (1973), na batalha pela autenticidade entre Copernicus e Rheticus em Doctor Copernicus (1976), e na forma como Hermes controla o tempo dos mortais e tenta o seu melhor para envelhecer em The Infinities (2009). Concluo que a preferência crescente dos personagens de Banville pelos tropos bergsonianos e einsteinianos indica uma aceitação e um envolvimento bem-sucedido com o processo de envelhecimento.
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