Análise da eficiência do treinamento com dinamômetro isocinético no desempenho muscular dos dorsiflexores de um paciente hemiparético espástico, após infiltração de Toxina Botulínica Tipo A: estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v15i4a103010Palavras-chave:
Toxina Botulínica Tipo A, Hemiparesia, Espasticidade MuscularResumo
O acidente vascular encefálico (AVE) encontra-se como um dos principais problemas de saúde em todo mundo, tornando-se Brasil responsável por 17% dos casos de doenças cardiovasculares. A toxina botulínica tipo A (TBA) além de proporcionar um relaxamento da musculatura espástica, promove possibilidade de reajuste de um padrão funcional e associado a isso está a utilização do dinamômetro isocinético, o qual possibilita após algumas sessões, redução da hipertonia e o treinamento da musculatura antagonista. Baseando-se nestas informações, o presente estudo tem como objetivo analisar a eficiência do treinamento com dinamômetro isocinético no desempenho muscular dos dorsiflexores espásticos de paciente com seqüela de AVE após infiltração de TBA. Foi realizado um estudo de caso, sujeito do sexo masculino, hemiparético à direita, que realizou 10 sessões de treino no Cybex Humac Norm®, com uma avaliação pré e pós-treinamento e logo após a primeira infiltração de TBA. O resultado deste estudo demonstrou melhora na força, trabalho total, torque e potência da musculatura em treinamento excêntrico dos dorsiflexores e diminuição do déficit de força muscular entre os membros inferiores. Concluiu-se que a TBA com seu efeito relaxante sobre musculatura espástica possibilitou uma reeducação neuromuscular e melhora do controle motor seletivo, permitindo o aperfeiçoamento do desempenho muscular dos dorsiflexores por meio da dinamometria isocinética em baixas velocidades angulares, tanto do modo excêntrico quanto concêntrico. Torna-se necessário, com a escassez de dados na literatura, um estudo mais abrangente, com maior número de sujeitos e grupo controle.
Downloads
Referências
Hesse S, Brandi-Hesse B, Bardeleben A, Werner C, Funk M. Botulinum toxin A treatment of adult upper and lower limb spasticity. Drugs Aging. 2001;18(4):255-62.
Bhakta BB. Management of spasticity in stroke. Br Med Bull. 2000;56(2):476-85.
Mauritz KH. Gait training in hemiplegia. Eur J Neurol. 2002;9(Suppl 1):23-9.
Sgrott DD. O tratamento da paralisia cerebral espástica após a aplicação da toxina botulínica tipo A em região adutora de quadril na Therapie - Centro Integrado de Saúde de Blumenau - SC. Reabilitar. 2004;23(6):23-8.
Teixeira-Salmela LF, Silva PC, Lima RCM, Augusto ACC, Souza AC. Goulart F. Musculação e condicionamento aeróbio na performance funcional de hemiplégicos crônicos. Acta Fisiátr. 2003;10(2):54-60. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20030001
Teixeira-Salmela LF, Oliveira ESG, Santana EGS, Resende GP. Fortalecimento muscular e condicionamento físico em hemiplégicos. Acta Fisiátr. 2000;7(3):108-18. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20000001
Pierce SR, Lauer RT, Shewokis PA, Rubertone JA, Orlin MN. Test-retest reliability of isokinetic dynamometry for the assessment of spasticity of the knee flexors and knee extensors in children with cerebral palsy. Arch Phys Med Rehabil. 2006;87(5):697-702.
Schneider P, Rodrigues LA, Meyer F. Dinamometria computadorizada como metodologia de avaliação da força muscular de meninos e meninas em diferentes estágios de maturidade. Rev Paul Educ Fís. 2002;16(1):35-42.
Flansbjer UB, Holmbäck AM, Downham D, Lexell J. What change in isokinetic knee muscle strength can be detected in men and women with hemiparesis after stroke? Clin Rehabil. 2005;19(5):514-22.
Ramsay JA, Blimkie CJ, Smith K, Garner S, MacDougall JD, Sale DG. Strength training effects in prepubescent boys. Med Sci Sports Exerc. 1990;22(5):605-14.
Engardt M, Knutsson E, Jonsson M, Sternhag M. Dynamic muscle strength training in stroke patients: effects on knee extension torque, electromyographic activity, and motor function. Arch Phys Med Rehabil. 1995;76(5):419-25.
Knutsson E, Martersson A, Gransber GL. The effects of concentric and eccentric training in spastic paresis. Scand J Rehab Med.24:(27 Suppl):31-32.
Teixeira-Salmela LF, Olney SJ, Nadeau S, Brouwer B. Muscle strengthening and physical conditioning to reduce impairment and disability in chronic stroke survivors. Arch Phys Med Rehabil. 1999;80(10):1211-8.
Lamontagne A, Malouin F, Richards CL, Dumas F. Evaluation of reflex- and nonreflexinduced muscle resistance to stretch in adults with spinal cord injury using handheld and isokinetic dynamometry. Phys Ther. 1998;78(9):964-75.
Boiteau M, Malouin F, Richards CL. Use of a hand-held dynamometer and a Kin-Com dynamometer for evaluating spastic hypertonia in children: a reliability study. Phys Ther. 1995;75(9):796-802.
McNair PJ, Hewson DJ, Dombroski E, Stanley SN. Stiffness and passive peak force changes at the ankle joint: the effect of different joint angular velocities. Clin Biomech (Bristol, Avon). 2002;17(7):536-40.
Nuyens GE, De Weerdt WJ, Spaepen AJ Jr, Kiekens C, Feys HM. Reduction of spastic hypertonia during repeated passive knee movements in stroke patients. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(7):930-5.
Greve JMD, Terreri AS, Plapler PG. Avaliação do torque isocinético flexor e extensor do tronco em atletas e sedentários normais. Rev Hosp Clin Fac Méd S Paulo. 1997;52(3):154-8.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Acta Fisiátrica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.