Nível de independência funcional de pacientes após acidente vascular cerebral atendidos por equipe multiprofissional em uma unidade de reabilitação
DOI:
https://doi.org/10.5935/0104-7795.20160021Palavras-chave:
Assistência Integral à Saúde, Acidente Vascular Cerebral, Atividades Cotidianas, ReabilitaçãoResumo
Objetivo: Analisar a recuperação funcional de pacientes após AVC atendidos por equipe multiprofissional em uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) e identificar fatores associados aos ganhos de funcionalidade. Métodos: Trata-se de estudo transversal com dados secundários de 34 pacientes atendidos no período de um ano em unidade de reabilitação, em que a atuação da equipe se dá em caráter integral e de forma humanizada, visando promover ganhos de funcionalidade e resgate da autonomia. Foram investigados os prontuários quanto aos dados sociodemográficos, hábitos de vida, tipo de AVC, tempo de internação e nível de independência funcional de admissão e alta, com base no Índice de Barthel. Resultados: A maior parte dos pacientes, na admissão, apresentava dependência total ou grave (55,9%), e na alta, a maior parte dos pacientes apresentava dependência leve ou independência total (55,9%). Em relação à dependência total, houve uma diminuição significativa no percentual de pacientes com esse grau de dependência (p < 0,001). Não houve relação entre o ganho de funcionalidade e as variáveis estudadas. Conclusão: Os resultados mostraram que o programa de reabilitação proposto trouxe um desfecho positivo sobre a funcionalidade e que os ganhos de funcionalidade não apresentaram associação com as variáveis estudadas
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013.
Polese JC, Tonial A, Jung AFK, Mazuco R, Oliveira SG, Schuster RC. Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocienc. 2008; 16(3):175-8.
Morone G, Paolucci S, Iosa M. In What Daily Activities Do Patients Achieve Independence after Stroke? J Stroke Cerebrovasc Dis. 2015;24(8):1931-7.
Poletto SR, Rebello LC, Valença MJ, Rossato D, Almeida AG, Brondani R, et al. Early mobilization in ischemic stroke: a pilot randomized trial of safety and feasibility in a public hospital in Brazil. Cerebrovasc Dis Extra. 2015;5(1):31-40. DOI: http://dx.doi.org/10.1159/000381417
Rafii MS, Hillis AE. Compendium of cerebrovascular diseases. Int Rev Psychiatry. 2006;18(5):395-407. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/09540260600935405
Adams RD, Victor M, Ropper AH. Doenças vasculares cerebrais. In: Adams RD, Victor M, Ropper AH. Neurologia. 6 ed. Santiago do Chile: McGraw-Hill, 1998. p. 513-75.
Zarco LA, González F, Oral Casas J. Tratamiento actual del ataque cerebrovascular isquémico (ACV) agudo. Univ Méd Bogotá.2008;49(4):467-98.
Falcão IV, Carvalho EMF, Barreto KML, Lessa FJD, Leite VMM. Acidente vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade produtiva atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2004;4(1):95-101. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292004000100009
Fonseca FB, Rizzotto MLF. Construção de instrumento para avaliação sócio-funcional em idosos. Texto Contexto Enferm. 2008;17(2):365-73. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000200020
Badriah F, Abe T, Miyamoto H, Moriya M, Babazono A, Hagihara A. Interaction effects between rehabilitation and discharge destination on inpatients' functional abilities. J Rehabil Res Dev. 2013;50(6):821-34. DOI: http://dx.doi.org/10.1682/JRRD.2012.08.0153
Araujo TCCF. Comunicação em saúde: contribuições do enfoque observacional para pesquisa e atuação. Arq Bras Psicol. 2009;61(2):1-13.
Queiroz E, Araujo TCCF. Trabalho de equipe em reabilitação: um estudo sobre a percepção individual e grupal dos profissionais de saúde. Paideia. 2009;19(43):177-87.
Brasil. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004.
Brasil. Portaria n. 3390, de 30 de dezembro de 2013. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília; 2013 Dez 31; Seção 1:54-6. (DF).
Mahoney FI, Barthel D. Functional evaluation: The Barthel Index. Md Med J, 1965;14:56-61.
Souza AR, Lanza LTA, Bertolini SMMG. Avaliação do grau de funcionalidade em vítimas de acidente vascular encefálico através do índice de Barthel, em diferentes períodos após instalação da lesão. Rev Saúde Pesq. 2008;1(3):271-5.
Duncan PW, Jorgensen HS, Wade DT. Outcome measures in acute stroke trials: a systematic review and some recommendations to improve practice. Stroke. 2000;31(6):1429-38. DOI: http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.31.6.1429
Caneda MAG, Fernandes JG, Almeida AG, Mugnol FE. Reliability of neurological assessment scales in patients with stroke. Arq Neuropsiquiatr. 2006 Sep;64(3A):690-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2006000400034
Cordova RAM, Cesarino CB, Tognola WA. Avaliação clínica evolutiva de pacientes pós primeiro Acidente Vascular Encefálico e seus cuidadores. Arq Ciênc Saúde. 2007;14(2):75-9.
Paiva RS, Valadares GV. Vivenciando o conjunto de circunstâncias que influenciam na significação da alta hospitalar: estudo de enfermagem. Esc Anna Nery. 2013;17(2):249-55. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452013000200007
Silva E. Reabilitação após AVC [Dissertação]. Porto: Universidade de Porto; 2010.
Costa R. Factores preditores do estado de saúde em indivíduos vítimas de AVC. [Tese]. Aveiro: Universidade de Aveiro; 2009.
Carvalhido T, Pontes M. Reabilitação domiciliária em pessoas que sofreram acidente vascular cerebral. Rev Faculdade de Ciências da Saúde. 2009. 6:140-50.
Jacob SG. Avaliação dos cuidados de fisioterapia domiciliária em idosos vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) [Dissertação]. Covilhã: Universidade da Beira Interior; 2012.
Silva ALA, Fonseca RMGS. Processo de trabalho em saúde mental e o campo psicossocial. Rev Latino-Am. Enfermagem. 2005;13(3):441-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000300020
Campos GWS, Domitti AC. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad Saúde Pública. 2001; 23(2):399-407.
Campos GWS, Amaral MA. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a reforma do hospital. Ciênc Saúde Coletiva. 2007;12(4):849-59
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Acta Fisiátrica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.