A saturação periférica de oxigênio não é influenciada pelo uso de máscaras faciais em exercício
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v27i3a171415Palavras-chave:
Exercício Físico, Nível de Oxigênio, Máscaras, Infecções por CoronavirusResumo
Em muitas cidades do mundo o uso de máscaras faciais em espaços públicos tornou-se obrigatório para prevenir a disseminação da COVID-19. O fechamento de parques públicos, academias e outras áreas destinadas à prática de atividade física podem contribuir para o sedentarismo. Objetivo: Avaliar a saturação periférica de oxigênio com o uso de diferentes máscaras faciais em repouso e durante exercício ao ar livre. Método: Uma única participante (41 anos, índice de massa corporal 18.5 kg/m2), experiente em corrida ao ar livre, foi submetida a sessões de corrida com 4 tipos diferentes de máscaras faciais (cirúrgica, tecido duplo, tecido triplo e N95) e sem máscara, em 5 dias não consecutivos. As sessões tiveram duração de 50 minutos, onde 5,8km eram percorridos em uma velocidade média de 7km/h. A saturação periférica de oxigênio (SpO2, %) e a frequência cardíaca (FC, bpm) firam registradas em repouso, a cada 5 minutos de exercício e após 5 minutos de recuperação. Resultados: Os dados revelaram que não ocorreu desaturação em nenhum momento com qualquer das máscaras, mesmo em alta intensidade. Não houve diferença nas médias de SpO2 ou FC com nenhuma das máscaras durante o exercício quando comparadas com o uso de nenhuma máscara. Conclusão: Deixando de lado o desconforto de treinar com máscaras faciais e a possível interferência disso na performance, as máscaras faciais parecem não impedir uma adequada troca gasosa durante o exercício em indivíduos saudáveis.
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