Os benefícios do exercício físico no processo de reabilitação da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão sistemática

Autores

  • Bárbara Gabriela de Carvalho Castro Universidade Federal do Amazonas
  • Patrícia Belém Melo Universidade Federal do Amazonas
  • Giandra Anceski Bataglion Universidade Federal do Amazonas
  • Keegan Bezerra Ponce Secretaria Municipal de Educação de Manaus
  • Kathya Augusta Thomé Lopes Universidade Federal do Amazonas
  • Minerva Leopoldina de Castro Amorim Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v31i1a207157

Palavras-chave:

Síndrome de Guillain-Barré, Exercício Físico, Reabilitação

Resumo

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) atinge nervos periféricos, se caracterizando pela perda de força dos membros inferiores e diminuindo os reflexos tendinosos, por ser de caráter autoimune e inflamatória, afeta a bainha de mielina da porção proximal, sendo uma polineuropatia progressiva e de rápida evolução podendo levar o paciente a óbito por insuficiência respiratória. Objetivo: Revisar e sintetizar estudos sobre a prática do exercício físico em indivíduos diagnosticados com Síndrome de Guillain-Barré. Método: Trata-se de uma revisão sistemática onde a busca foi realizada nas bases de dados Portal de Periódicos da Capes, LILACS, PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Considerando estudos publicados nos períodos de 2010 a 2022, que tem como objetivo identificar, selecionar, reunir, avaliar e sintetizar evidências científicas, possibilitando uma análise consistente e assim, aumentando a validade dos estudos e consequentemente fornecendo evidências válidas e confiáveis. Resultados: Oito estudos foram incluídos na revisão sistemática. No geral, a análise dos resultados/dados dos estudos demonstrou que o exercício físico é benéfico para reabilitação da SGB. Todos os estudos selecionados e revisados tiveram resultado positivo sobre o exercício físico no processo de reabilitação. Conclusão: Devido à escassez da literatura atual, de alta qualidade e de amostras maiores, não é possível tirar conclusões consistentes apesar dos resultados eficazes para a melhora de pacientes com SGB, evoluindo nos aspectos de mobilidade, amplitude de movimento (ADM), força muscular, função cardiopulmonar e na redução da fadiga. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Rocha AP, Barboza ML, Speciali DS. Atuação da fisioterapia na reabilitação de paciente com Síndrome de Guillain-Barré. Fisioter Bras. 2018;18(6):778-87.

Hughes RA, Rees JH. Clinical and epidemiologic features of Guillain-Barré syndrome. J Infect Dis. 1997;176 Suppl 2:S92-8. Doi: https://doi.org/10.1086/513793

Atkinson SB, Carr RL, Maybee P, Haynes D. The challenges of managing and treating Guillain-Barré syndrome during the acute phase. Dimens Crit Care Nurs. 2006;25(6):256-63. Doi: https://doi.org/10.1097/00003465-200611000-00003

Malta JM, Vargas A, Leite PL, Percio J, Coelho GE, Ferraro AH, et al. Guillain-Barré syndrome and other neurolog-ical manifestations possibly related to Zika virus infection in municipalities from Bahia, Brazil, 2015. Epidemiol Serv Saude. 2017;26(1):9-18. Doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000100002

Orsini M, Freitas MR, Nascimento OJ, Catharino AMS, Mello MP, Reis CHM, et al. Síndrome de Guillain-Barré pós-infecção por dengue: Relato de caso. Rev Neurociências. 2010;18(1):24-27. Doi: https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8514

Fonseca MCR, Ferreira AM, Hussein AM. Sistema sensório-motor articular: revisão da literatura. Fisioter Pesq. 2007;14(3):82-90. Doi: https://doi.org/10.1590/fpusp.v14i3.76122

Dourado ME, Freitas ML, Santos FM. Síndrome de Guillain-Barré com flutuações relacionadas ao tratamento com imunoglobulina humana endovenosa (curso trifásico): relato de caso. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 1998;56(3A):476–9. Doi: https://doi.org/10.1590/s0004-282x1998000300020

Sá BP, Grave MTQ, Périco E, Bohrer TRJ. Avaliação e tratamento de sequelas motoras pós Síndrome de Guillain-Barré (SGB): Estudo de caso. Cad Pedagógico. 2015;12(3):131-9.

Khan F. Rehabilitation in Guillian Barre syndrome. Aust Fam Physician. 2004;33(12):1013-7.

Fernandes GV. Síndrome de Guillain-Barré: avaliações, reabilitações e principais impactos no desempenho ocupacional de indivíduos acometidos [Trabalho de Conclusão de Curso]. Brasília (DF): Faculdade de Ceilândia; 2019.

Freitas M, Melo R, Santos S, Santos A, Almeida L, Freitas M, et al. Qualidade de vida de pacientes com Guillain-Barré: uma revisão. Psicologia, Saúde & Doença. 2019;20(2):319–27. Doi: https://doi.org/10.15309/19psd200204

Batista Filho I, Jesus LL, Araújo LGS. Atividade física e seus benefícios à saúde [Trabalho de Conclusão de Curso]. Ariquemes: Faculdade de Educação e Meio Ambiente; 2014.

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2021.

Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71. Doi: https://doi.org/10.1136/bmj.n71

Centre for Evidence-Based Medicine [homapage on the Internet]. Oxford: CEBM; c2022 [cited 2022 Aug 5]. Available from: https://www.cebm.net/home/

Dayyer K, Rahnama N, Nassiri J. Effect of Eight-Week Selected Exercises on Strength, Range of Motion (RoM) and Quality of Life (QoL) in Patients with GBS. Neonat Pediatr Med. 2018;4(2):173. Doi: https://doi.org/10.4172/2572-4983.1000173

Khan F, Pallant JF, Amatya B, Ng L, Gorelik A, Brand C. Outcomes of high- and low-intensity rehabilitation programme for persons in chronic phase after Guillain-Barré syndrome: a randomized controlled trial. J Rehabil Med. 2011;43(7):638-46. Doi: https://doi.org/10.2340/16501977-0826

Ko KJ, Ha GC, Kang SJ. Effects of daily living occupational therapy and resistance exercise on the activities of daily living and muscular fitness in Guillain-Barré syndrome: a case study. J Phys Ther Sci. 2017;29(5):950–3. Doi: https://doi.org/10.1589/jpts.29.950

Kou S, Litterini A. Physical Therapy Management of a Patient With Guillain-Barré Syndrome During and After Pregnancy. J Womens Health Phys Therap. 2016;40(1):20–32. Doi: https://doi.org/10.1097/JWH.0000000000000047

Montini FT, Souza DR, Ribeiro FQ, Battistella LR. Intensive rehabilitation model in Guillain-Barre syndrome: a case report. Acta Fisiátr. 2016;23(1):42-5. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20160009

Nascimento VL S, Borba GGS, Leite CMB, Garabini MC. Protocolo Hidroterápico na Síndrome de Guillain-Barré. Rev Neurociências. 2012;20(3):392–8. Doi: https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8263

Sendhilkumar R, Gupta A, Nagarathna R, Taly AB. "Effect of pranayama and meditation as an add-on therapy in rehabilitation of patients with Guillain-Barré syndrome — a randomized control pilot study". Disabil Rehabil. 2013;35(1):57-62. Doi: https://doi.org/10.3109/09638288.2012.687031

Publicado

2024-03-31

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Castro BG de C, Melo PB, Bataglion GA, Ponce KB, Lopes KAT, Amorim ML de C. Os benefícios do exercício físico no processo de reabilitação da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão sistemática. Acta Fisiátr. [Internet]. 31º de março de 2024 [citado 18º de julho de 2024];31(1):49-54. Disponível em: https://periodicos.usp.br/actafisiatrica/article/view/207157