Teste cardiopulmonar em exoesqueleto para marcha robotizada em esteira rolante com suspensão do peso corporal: uma opção para avaliação de pessoas com tetraplegia - relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v31i4a230168Palavras-chave:
Marcha, Exoesqueleto Energizado, Quadriplegia, ReabilitaçãoResumo
A lesão medular (LM), que envolve dano à medula espinhal por trauma, doença ou degeneração, tem permitido um aumento na expectativa de vida devido aos avanços no tratamento. No entanto, isso tem resultado em maior exposição aos fatores de risco, aumentando a morbidade de doenças não comunicáveis, especialmente as cardiovasculares. Objetivo: Descrever o uso do exoesqueleto para marcha robotizada em esteira rolante com suspensão do peso corporal (TCP) para avaliar pacientes com tetraplegia. Apresentação do Caso: Um paciente de 55 anos com tetraplegia C4 AIS B, incapaz de andar, foi submetido ao TCP para determinar gasto energético e limiares ventilatórios de treinamento. Utilizou-se um sistema portátil de ergoespirometria para medir o consumo máximo de oxigênio (VO2 Max) durante o teste. Resultados: Durante o TCP, o traçado eletrocardiográfico não indicou alterações isquêmicas, mantendo-se em ritmo sinusal. Houve aumento da frequência cardíaca durante o esforço físico, mas as trocas gasosas foram adequadas, indicando aumento na demanda metabólica suprida por adaptações respiratórias. Discussão: Pacientes com tetraplegia frequentemente apresentam padrões ventilatórios alterados que podem limitar sua capacidade aeróbica. O uso do exoesqueleto tanto para avaliação quanto para treinamento simplifica o tratamento, reduzindo deslocamentos e melhorando a segurança e comparabilidade dos resultados. Conclusão: A utilização do exoesqueleto para TCP oferece uma abordagem integrada e eficaz para pacientes com LM, replicando a atividade naturalística de andar durante o treinamento cardiovascular e de reabilitação.
Downloads
Referências
American Spinal Cord Injury Association [homepage on the Internet]. Richmond: The American Spinal Injury Association; c2023 [cited 2023 Oct 22]. Available from: https://asia-spinalinjury.org/
Peterson MD, Berri M, Lin P, Kamdar N, Rodriguez G, Mahmoudi E, et al. Cardiovascular and metabolic morbidity following spinal cord injury. Spine J. 2021;21(9):1520-1527. Doi: https://doi.org/10.1016/j.spinee.2021.05.014
DeVivo MJ, Chen Y, Wen H. Cause of death trends among persons with spinal cord injury in the United States: 1960-2017. Arch Phys Med Rehabil. 2022;103(4):634-41. Doi: https://doi.org/10.1016/j.apmr.2021.09.019
Steinacker JM, van Mechelen W, Bloch W, Börjesson M, Casasco M, Wolfarth B, et al. Global Alliance for the Promotion of Physical Activity: the Hamburg Declaration. BMJ Open Sport Exerc Med. 2023;9(3):e001626. Doi: https://doi.org/10.1136/bmjsem-2023-001626
World Health Organization. Global status report on physical activity 2022. Geneva: WHO; 2022.
Rimmer JH, Riley B, Wang E, Rauworth A, Jurkowski J. Physical activity participation among persons with disabilities: barriers and facilitators. Am J Prev Med. 2004;26(5):419-25. Doi: https://doi.org/10.1016/j.amepre.2004.02.002
Guthold R, Stevens GA, Riley LM, Bull FC. Worldwide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 1·9 million participants. Lancet Glob Health. 2018;6(10):e1077-e1086. Doi: https://doi.org/10.1016/S2214-109X(18)30357-7
Dorton MC, Kramer JK, de Groot S, Post MWM, Claydon VE. Relationships between cardiovascular disease risk, neuropathic pain, mental health, and autonomic function in chronic spinal cord injury. Spinal Cord. 2023;61(10):548-555. Doi: https://doi.org/10.1038/s41393-023-00933-y
Obaya HE, El-Moneim Abd El-Hakim AA, Fares HM, Eldin Saad MK, Abo Elyazed TI. Effect of different types of aerobic training on peak VO2 and ejection fraction for diastolic heart failure patients; a comparative randomized control trial. Physiother Res Int. 2024;29(1):e2044. Doi: https://doi.org/10.1002/pri.2044
Lagu T, Schroth SL, Haywood C, Heinemann A, Kessler A, Morse L, et al. Diagnosis and management of cardiovascular risk in individuals with spinal cord injury: a narrative review. Circulation. 2023;148(3):268-277. Doi: https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.123.064859
Herdy AH, Ritt LE, Stein R, Araújo CG, Milani M, Meneghelo RS, et al. Cardiopulmonary Exercise Test: background, applicability and interpretation. Arq Bras Cardiol. 2016;107(5):467-481. Doi: https://doi.org/10.5935/abc.20160171
Hidler J, Neckel N. Inverse-dynamics based assessment of gait using a robotic orthosis. Conf Proc IEEE Eng Med Biol Soc. 2006;2006:185-8. Doi: https://doi.org/10.1109/IEMBS.2006.259392
Eerden S, Dekker R, Hettinga FJ. Maximal and submaximal aerobic tests for wheelchair-dependent persons with spinal cord injury: a systematic review to summarize and identify useful applications for clinical rehabilitation. Disabil Rehabil. 2018;40(5):497-521. Doi: https://doi.org/10.1080/09638288.2017.1287623
Maher JL, McMillan DW, Nash MS. Exercise and health-related risks of physical deconditioning after spinal cord injury. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2017;23(3):175-187. Doi: https://doi.org/10.1310/sci2303-175
Jack LP, Allan DB, Hunt KJ. Cardiopulmonary exercise testing during body weight supported treadmill exercise in incomplete spinal cord injury: a feasibility study. Technol Health Care. 2009;17(1):13-23. Doi: https://doi.org/10.3233/THC-2009-0528
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Acta Fisiátrica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.