Lombalgia e cefaléia como aspectos importantes da dor crônica na atenção primária à saúde em uma comunidade da região amazônica brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v15i2a102921Palavras-chave:
Lombalgia, Cefaléia, Epidemiologia, Prevalência, Atenção Primária à SaúdeResumo
A dor tem sido descrita como sendo uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada ou descrita em termos de lesão tecidual. Na atenção primária à saúde, a dor crônica atinge altos níveis de prevalência, especialmente devido aos quadros de lombalgia e de cefaléias. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência de dor crônica na atenção primária à saúde na cidade de Buriticupu, localizada no estado do Maranhão, Brasil. Dentre todos os quadros clínicos, a dor crônica foi o diagnóstico mais prevalente entre os pacientes investigados, sendo encontrada em 539 pacientes (23,02%). Dor músculo-esquelética foi o quadro de dor crônica mais comum, atingindo 250 pacientes (10,62%), sendo que lombalgia foi o diagnóstico mais prevalente entre os quadros de dor músculo-esquelética, sendo encontrada em 120 pacientes (5,12%). Por outro lado, as cefaléias foram o segundo quadro de dor crônica mais comum, depois da dor músculo-esquelética, tendo sido diagnosticada em 212 pacientes (9,05%). Assim, 61,6% dos pacientes com dor crônica apresentavam lombalgia ou cefaléia. Análise estatística univariada encontrou associação entre gênero feminino e cefaléia, entre idade avançada e os principais tipos de dor crônica que foram avaliados neste estudo (músculo-esquelética, lombalgia e cefaléia), e entre índice de massa corpórea e dor músculo-esquelética e lombalgia. Quando a análise multivariada foi conduzida, as associações observadas com gênero feminino e idade avançada não mostraram alterações, mantendo os mesmos padrões de associação. No entanto, o índice de massa corpórea não apresentou mais associação com qualquer tipo de dor crônica.
Downloads
Referências
IASP Task Force on Taxonomy. Pain Terms: a current list with definitions and notes on usage. In: Merskey H, Bogduk N, editors. Classification of Chronic Pain. 2nd ed. Seatle: IASP Press; 1994. p. 207-13.
Engel G. The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science. 1977;196(4286):129-36.
Guarino AH, Myers JC. An assessment protocol to guide opioid prescriptions for patients with chronic pain. Mo Med. 2007;104(6):513-6.
Arnstein P. The mediation of disability by self efficacy in different samples of chronic pain patients. Disabil Reabil. 2000;22(17):794-801.
Salvetti MG, Pimenta CAM. Dor crônica e a crença de auto-eficácia. Rev Esc Enferm USP. 2007;41(1):135-40.
Von Korff M, Dunn KM. Chronic pain reconsidered. Pain. 2008; [Epub ahead of print].
Loney P, Stratford P. The prevalence of low back pain in adults: a methodological review of the literature. Phys Ther. 1999;79(4):384-96.
Rasmussen BK. Epidemiology and socio-economic impact of headache. Cephalalgia. 1999;19(25):20-3.
Loney P, Stratford P. The prevalence of low back pain in adults: a methodological review of the literature. Physicaltherapy. 1999;79(4):384-96.
Volinn E. The epidemiology of low back pain in the rest of the world. A review of surveys in low and middle-income countries. Spine. 1997;22(15):1747-54.
Silva MC, Faz AG, Vale NC. Chronic low back pain in a Southern Brazilian adult population: prevalence and associated factors. Cad Saúde Pública. 2004;20(2):377-85.
Teixeira MJ. Tratamento multidisciplinar do doente com dor. In: Carvalho MMMJ, editor. Dor: um estudo multidisciplinar. Sao Paulo: Summus; 1999. p. 77-85.
Van Tulder MW, Koes BW, Bouter LM. A cost-of-illness study of back pain in The Netherlands. Pain. 1995;62(2):233-40.
Kent PM, Keating JL. The epidemiology of low back pain in primary care. Chiropr Osteopat. 2005;13:13.
Bratton RL. Assessment and management of acute low back pain. Am Fam Physician. 1999;60(8):2299-308.
Barret EJ. Primary care for women: assessment and management of headache. Nurse Midwifery. 1996;41:117-124.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Acta Fisiátrica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.