Agrupamento hierárquico do perfil demográfico, clínico e da força de preensão palmar dos pacientes após fratura distal do radio

Autores

  • Amanda Santos Simão Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Juliana Valentino Borges Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Jessyca Alves de Andrade Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Marco Aurélio Sertório Grecco Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Andrea Licre Pessina Gasparini Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Luciane Fernanda Rodrigues Martinho Fernandes Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v31i2a222967

Palavras-chave:

Procedimentos Ortopédicos, Modalidades de Fisioterapia, Fraturas do Punho, Força da Mão

Resumo

Objetivo: Identificar o perfil de pacientes após o tratamento de fraturas distais do rádio, agrupados de acordo com fatores demográficos, clínicos e a força de preensão palmar do lado contralateral. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal realizado em um único centro, que incluiu 141 pacientes com fraturas do rádio distal, atendidos no serviço de fisioterapia de um hospital público. Resultados: Os dados demográficos e clínicos de todos os pacientes incluídos neste estudo foram coletados dos prontuários dos pacientes e a força de preensão foi avaliada entre a 8a e 10a semanas após a fratura. Foi realizada uma análise multivariada exploratória utilizando Análise de Correspondência Múltipla (ACM), seguida de Análise de Agrupamento Hierárquico (AAH). Os valores das coordenadas de todas as dimensões obtidas na ACM foram utilizados como variáveis de entrada na análise de cluster e o mapa perceptual de agrupamento hierárquico foi obtido. Destacamos três grupos: um grupo incluía homens, com idade entre 18 e 59 anos, com fraturas no lado direito ou esquerdo, trauma causado por acidentes de trânsito ou outras causas, tratamento cirúrgico e força de preensão normal no lado contralateral; segundo grupo era composto por mulheres, com idade entre 60 e 90 anos, fratura resultante de quedas de sua própria altura, tratamento conservador e força de preensão intermediária no lado contralateral. O terceiro grupo apresentava apenas fraqueza na força de preensão no lado contralateral. Conclusão: Esta análise de cluster revelou três perfis de pacientes durante o período inicial após o tratamento de fraturas distais do rádio.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Wolfe SW. Distal radius fractures. In: Wolfe SW, Pederson WC, Hotchkiss RN, (eds). Green’s Operative Hand Surgery. Philadelphia: Elsevier/Churchill Livingstone; 2010. p. 2240.

Candela V, Di Lucia P, Carnevali C, Milanese A, Spagnoli A, Villani C, Gumina S. Epidemiology of distal radius fractures: a detailed survey on a large sample of patients in a suburban area. J Orthop Traumatol. 2022;23(1):43. Doi: https://doi.org/10.1186/s10195-022-00663-6

Medoff RJ. Distal Radius Fractures Classification and Management. In: Rehabilitation of the Hand and Upper Extremity. 6th ed. Philadelphia: Elsevier/Mosby; 2011. p. 941-48.

Michlovitz SL, LaStayo PC, Alzner S, Watson E. Distal radius fractures: therapy practice patterns. J Hand Ther. 2001;14(4):249-57. Doi: https://doi.org/10.1016/s0894-1130(01)80002-8

Gutiérrez-Espinoza H, Araya-Quintanilla F, Olguín-Huerta C, Gutiérrez-Monclus R, Jorquera-Aguilera R, Mathoulin C. Effectiveness of early versus delayed motion in patients with distal radius fracture treated with volar locking plate: A systematic review and meta-analysis. Hand Surg Rehabil. 2021;40(1):6-16. Doi: https://doi.org/10.1016/j.hansur.2020.10.007

Brogren E, Hofer M, Petranek M, Wagner P, Dahlin LB, Atroshi I. Relationship between distal radius fracture malunion and arm-related disability: a prospective population-based cohort study with 1-year follow-up. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12:9. Doi: https://doi.org/10.1186/1471-2474-12-9

Bobos P, Nazari G, Lu Z, MacDermid JC. Measurement properties of the hand grip strength assessment: a systematic review with meta-analysis. Arch Phys Med Rehabil. 2020;101(3):553-565. Doi: https://doi.org/10.1016/j.apmr.2019.10.183

Martin JA, Ramsay J, Hughes C, Peters DM, Edwards MG. Age and grip strength predict hand dexterity in adults. PLoS One. 2015;10(2):e0117598. Doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0117598

Porto JM, Nakaishi APM, Cangussu-Oliveira LM, Freire Júnior RC, Spilla SB, Abreu DCC. Relationship between grip strength and global muscle strength in community-dwelling older people. Arch Gerontol Geriatr. 2019;82:273-278. Doi: https://doi.org/10.1016/j.archger.2019.03.005

Bohannon RW. Muscle strength: clinical and prognostic value of hand-grip dynamometry. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2015;18(5):465-70. Doi: https://doi.org/10.1097/MCO.0000000000000202

Bohannon RW. Grip Strength: An Indispensable Biomarker For Older Adults. Clin Interv Aging. 2019;14:1681-1691. Doi: https://doi.org/10.2147/CIA.S194543

Heidari S, Babor TF, De Castro P, Tort S, Curno M. Sex and Gender Equity in Research: rationale for the SAGER guidelines and recommended use. Res Integr Peer Rev. 2016;1:1-9. Doi: https://doi.org/10.1186/s41073-016-0007-6

Fess EE, Moran CA. Clinical assessment recommendations. Mt Laurel: American Society of Hand Therapistis; 1981.

Puh U. Age-related and sex-related differences in hand and pinch grip strength in adults. Int J Rehabil Res. 2010;33(1):4-11. Doi: https://doi.org/10.1097/MRR.0b013e328325a8ba

Mathiowetz V, Weber K, Volland G, Kashman N. Reliability and validity of grip and pinch strength evaluations. J Hand Surg Am. 1984;9(2):222-6. Doi: https://doi.org/10.1016/s0363-5023(84)80146-x

Tredgett MW, Davis TR. Rapid repeat testing of grip strength for detection of faked hand weakness. J Hand Surg Br. 2000;25(4):372-5. Doi: https://doi.org/10.1054/jhsb.2000.0433

Hamilton A, Balnave R, Adams R. Grip strength testing reliability. J Hand Ther. 1994;7(3):163-70. Doi: https://doi.org/10.1016/s0894-1130(12)80058-5

Beumer A, Lindau TR. Grip strength ratio: a grip strength measurement that correlates well with DASH score in different hand/wrist conditions. BMC Musculoskelet Disord. 2014;15:336. Doi: https://doi.org/10.1186/1471-2474-15-336

Alley DE, Shardell MD, Peters KW, McLean RR, Dam TT, Kenny AM, et al. Grip strength cutpoints for the identification of clinically relevant weakness. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2014;69(5):559-66. Doi: https://doi.org/10.1093/gerona/glu011

Delinocente MLB, Carvalho DHT, Máximo RO, Chagas MHN, Santos JLF, Duarte YAO, et al. Accuracy of different handgrip values to identify mobility limitation in older adults. Arch Gerontol Geriatr. 2021;94:104347. Doi: https://doi.org/10.1016/j.archger.2021.104347

Alves LB, Belderrain MCN, Scarpel RA. Tratamento multivariado de dados por análise de correspondência e análise de agrupamentos. In: XIII ENCITA - Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA; 2007 Out 01-04; São José dos Campos. Anais. São José dos Campos: Instituto Tecnológico de Aeronáutica; 2007.

Nellans KW, Kowalski E, Chung KC. The epidemiology of distal radius fractures. Hand Clin. 2012;28(2):113-25. Doi: https://doi.org/10.1016/j.hcl.2012.02.001

Rundgren J, Bojan A, Mellstrand Navarro C, Enocson A. Epidemiology, classification, treatment and mortality of distal radius fractures in adults: an observational study of 23,394 fractures from the national Swedish fracture register. BMC Musculoskelet Disord. 2020;21(1):88. Doi: https://doi.org/10.1186/s12891-020-3097-8

Porrino JA Jr, Maloney E, Scherer K, Mulcahy H, Ha AS, Allan C. Fracture of the distal radius: epidemiology and premanagement radiographic characterization. AJR Am J Roentgenol. 2014;203(3):551-9. Doi: https://doi.org/10.2214/AJR.13.12140

Barbosa RI, Raimundo KC, Fonseca MCR, Coelho DM, Ferreira AM, Hussein AM, et al. Perfil dos pacientes com lesões traumáticas do membro superior atendidos pela fisioterapia em hospital do nível terciário. Acta Fisiátr. 2013;20(1):14–19. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20130003

Bot AG, Mulders MA, Fostvedt S, Ring D. Determinants of grip strength in healthy subjects compared to that in patients recovering from a distal radius fracture. J Hand Surg Am. 2012;37(9):1874-80. Doi: https://doi.org/10.1016/j.jhsa.2012.04.032

Araújo MP, Araújo PMP, Caporrino FA, Faloppa F, Albertoni WM. Estudo populacional das forças das pinças polpa-a-polpa, trípode e lateral. Rev Bras Ortop. 2002;37(11/12): 496-504.

Dodds RM, Syddall HE, Cooper R, Kuh D, Cooper C, Sayer AA. Global variation in grip strength: a systematic review and meta-analysis of normative data. Age Ageing. 2016;45(2):209-16. Doi: https://doi.org/10.1093/ageing/afv192

Kamarul T, Ahmad TS, Loh WY. Hand grip strength in the adult Malaysian population. J Orthop Surg (Hong Kong). 2006;14(2):172-7. Doi: https://doi.org/10.1177/230949900601400213

Caporrino FA, Faloppa F, Santos JBG, Réssio C, Soares FHC, Nakachima LR, et al. Estudo populacional da força de preensäo palmar com dinamômetro Jamar. Rev Bras Ortop. 1998;33(2):150-154.

Roberts HC, Denison HJ, Martin HJ, Patel HP, Syddall H, Cooper C, et al. A review of the measurement of grip strength in clinical and epidemiological studies: towards a standardised approach. Age Ageing. 2011;40(4):423-9. Doi: https://doi.org/10.1093/ageing/afr051

Clé PGV, Tasso LE, Barbosa RI, Fonseca MCR, Elui VMC, Roncaglia FB, et al. A retrospective study of functionality of patients with distal radius fracture after osteosynthesis with an LCP volar plate. Acta Fisiátrica 2011;18(4):163–168. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v18i4a103658

Kaji Y, Yamaguchi K, Nomura Y, Oka K, Nakamura O, Ishibashi Y, et al. Postoperative early and proactive grip strength training program for distal radius fractures promotes earlier recovery of grip strength: A retrospective study. Medicine (Baltimore). 2022;101(19):e29262. Doi: https://doi.org/10.1097/MD.0000000000029262

Downloads

Publicado

2024-06-28

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Simão AS, Borges JV, Andrade JA de, Grecco MAS, Gasparini ALP, Fernandes LFRM. Agrupamento hierárquico do perfil demográfico, clínico e da força de preensão palmar dos pacientes após fratura distal do radio. Acta Fisiátr. [Internet]. 28º de junho de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];31(2):111-6. Disponível em: https://periodicos.usp.br/actafisiatrica/article/view/222967