Investigação sorológica e molecular de agentes virais em onças-pintadas de vida livre no Pantanal de Mato Grosso, Brasil

Autores

  • Selma Samiko Miyazaki Onuma Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Estação Ecológica de Taiamã Universidade Federal de Mato Grosso, Hospital Veterinário, Laboratório de Virologia e Rickettsioses
  • Luciana Botelho Chaves Instituto Pasteur
  • Maria do Carmo Custódio de Souza Hunold Lara Instituto Biológico
  • Joares Adenilson May-Júnior Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Ísis Indaiara Gonçalves Granjeiro Taques Universidade Federal de Mato Grosso, Hospital Veterinário, Laboratório de Virologia e Rickettsioses
  • Juliana Torres Tomazi Fritzen Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
  • Amauri Alcindo Alfieri Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
  • Tatiana Ometto Universidade de São Paulo, Instituto de Ciências Biomédicas II, Departamento de Microbiologia
  • Edison Luis Durigon Universidade de São Paulo, Instituto de Ciências Biomédicas II, Departamento de Microbiologia
  • Jansen Araújo Universidade de São Paulo, Instituto de Ciências Biomédicas II, Departamento de Microbiologia
  • Daniel Luis Zanella Kantek Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Estação Ecológica de Taiamã
  • Daniel Moura Aguiar Universidade Federal de Mato Grosso, Hospital Veterinário, Laboratório de Virologia e Rickettsioses

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2016.108947

Palavras-chave:

Panthera onca, Diagnóstico, Áreas protegidas, Felinos selvagens, Brasil

Resumo

Este estudo investigou a exposição de onças-pintadas de vida livre a agentes virais selecionados em duas unidades de conservação federais no Pantanal de Mato Grosso, Brasil. Para a análise desses agentes virais, a maioria de caráter zoonótico, foram utilizados métodos sorológicos e moleculares. Nenhuma das onze onças-pintadas examinadas foi positiva na técnica de real-time RT-PCR para a detecção molecular dos agentes da Influenza aviária e Febre do Nilo Ocidental (WNF). Somente um animal foi positivo sorologicamente para a o vírus da Encefalite Equina do Leste (EEE) pela Microtécnica de vírus neutralização em culturas de células VERO, sendo este o primeiro relato da exposição de onças-pintadas. Todos os animais examinados s foram negativos para o vírus da Encefalite Equina do Oeste (WEE) e Venezuelana (VEE). Amostras de soro colhidas de 11 onças-pintadas foram submetidas a adois testes distintos para a detecção de anticorpos contra o vírus da raiva (Teste Rápido de Inibição de Foco de Fluorescência – RFFIT e Microteste Simplificado de Inibição da Fluorescência - SFIMT), resultando em cinco animais positivos, dos quase dois positivos para cada teste e um positivo quando submetido aos dois testes sorológicos. Além disso, três das 14 amostras submetidas a técnica de soroneutralização foram positivas para a pesquisa de anticorpos contra o vírus da cinomose (CDV) e 15 amostras positivas das 17 analisadas para a pesquisa de anticorpos contra o parvovírus canino (CPV) foram identificadas pela técnica de Inibição da Hemaglutinação (HI). De acordo com os resultados deste estudo, é pouco provável que os agentes virais aqui analisados representem ameaça à população de onças-pintadas nesta região.

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Publicado

2016-09-30

Como Citar

1.
Onuma SSM, Chaves LB, Lara M do CC de SH, May-Júnior JA, Taques Ísis IGG, Fritzen JTT, et al. Investigação sorológica e molecular de agentes virais em onças-pintadas de vida livre no Pantanal de Mato Grosso, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 30º de setembro de 2016 [citado 22º de julho de 2024];53(3):270-9. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/108947