Vigilância Epidemiológica da presença do vírus da raiva a partir do exame de imunofluorescência direta aplicada ao tecido cerebral de uma amostra da população canina do município de Mogi-Guaçu, SP, Brasil: ensaio probabilístico a partir de série histórica de 1989 a 1999

Autores

  • Haroldo de Barros Ferreira Pinto Prefeitura Municipal de São Paulo, Centro de Controle de Zoonoses, São Paulo, SP
  • Omar Miguel Universidade de Santo Amaro, Faculdade de Saúde Pública, São Paulo, SP
  • Alair Assis Prefeitura Municipal de Mogi-Guaçu, Centro de Controle de Zoonoses, Mogi-Guaçu, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2005.26432

Palavras-chave:

Cães, Vigilância Epidemiológica, Raiva, Mogi-Guaçu, São Paulo (Estado)

Resumo

Foi analisada a validade do exame laboratorial sistemático do sistema nervoso de uma amostra da população canina de uma dada área, como estratégia destinada a vigilância epidemiológica da circulação do vírus da raiva. Foi empregado o banco de dados do município de Mogi-Guacú, SP, Brasil, referente a série histórica compreendida entre janeiro de 1989 a dezembro de 1999. Neste período foram examinados 1167 animais dos quais 130 (11,2%) foram positivos ao teste de imunofluorescência aplicada a raiva. O tamanho da amostra para a detecção de pelo menos um animal positivo foi calculado pela fórmula n = {1-(1-±)1/d} (N - d/2) + 1. No período de 1989 a 1994 o tamanho da amostra foi calculado a partir do número real de casos registrados. Nos anos de 1995 a 1999 como não houve novos casos de raiva canina, a análise considerou hipoteticamente a presença de um caso confirmado. Também foi efetuada a simulação do número de casos de raiva que deveriam ocorrer para que a amostra efetivamente utilizada pelo Serviço de controle da raiva fosse capaz de revelar a presença de pelo menos um animal positivo. Os resultados obtidos demonstraram que no período de 1989 a 1994 em que a freqüência anual de casos de raiva canina variou de 5 a 75 o tamanho das amostras ideal seria de 12.400 a 12.922; já no período de 1995 a 1999, em que não foram diagnosticados casos de raiva canina, se ocorresse pelo menos um registro, o tamanho da amostra seria de 13.257 a 14.698. Do exposto depreende-se que em termos probabilísticos, a estratégia proposta não é indicada para a vigilância epidemiológica da presença do vírus da raiva, quando em situação de controle, pois o número de animais a serem examinados é inviável para situações concretas.

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Publicado

2005-06-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Pinto H de BF, Miguel O, Assis A. Vigilância Epidemiológica da presença do vírus da raiva a partir do exame de imunofluorescência direta aplicada ao tecido cerebral de uma amostra da população canina do município de Mogi-Guaçu, SP, Brasil: ensaio probabilístico a partir de série histórica de 1989 a 1999. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de junho de 2005 [citado 22º de julho de 2024];42(3):196-203. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/26432