Infecção experimental de morcegos hematófagos Desmodus rotundus (E. Geoffroy) mantidos em cativeiro e alimentados com sangue desfibrinado adicionado de vírus da raiva

Autores

  • Maria Conceição Aparecida Macedo Souza Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Pólo Regional Desenvolvimento Agronegócios, Pindamonhangaba, SP
  • Alessandra Figueiredo de Castro Nassar Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Instituto Biológico, São Paulo, SP
  • Adriana Cortez Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • Takeo Sakai Nihon University, College of Bioresource Sciences, Fujisawa, Kanagawa, Japan
  • Takuya Itou Nihon University, College of Bioresource Sciences, Fujisawa, Kanagawa, Japan
  • Elenice Maria Sequetin Cunha Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Instituto Biológico, São Paulo, SP
  • Leonardo José Richtzenhain Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • Fumio Honma Ito Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2009.26754

Palavras-chave:

Vírus da raiva, Inoculação oral, Sangue, Chiroptera

Resumo

Em morcegos hematófagos, o hábito de compartilhar alimento poderia contribuir na transmissão oral do vírus da raiva. Para verificar esta hipótese, 10 morcegos Desmodus rotundus em cativeiro foram alimentados com sangue suíno desfibrinado, contendo suspensão de cérebros de camundongos infectados com vírus rábico PV. Outros 10 camundongos receberam sangue contendo suspensão cerebral de camundongos infectados com vírus de morcego hematófago (T-9/ 95). Um grupo de 10 camundongos foi inoculado intramuscularmente com suspensão de vírus T-9/95. Outros 20 morcegos foram mantidos sem tratamento e alimentados com sangue desfibrinado por 158 dias. Todos os animais encontrados mortos durante o período de observação ou sacrificados no final do experimento foram necropsiados e os cérebros e órgãos não-nervosos foram colhidos para a confirmação da raiva. Quatro morcegos inoculados intramuscularmente apresentaram raiva clínica, com sinais persistindo por 1-2 dias e os períodos de sobrevivência variaram de 11-14 dias. O diagnóstico da raiva inicialmente foi realizado somente com os fragmentos do cérebro, submetendo-os às provas de imunoflurescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Subseqüentemente, os cérebros e os órgãos não-nervosos foram reexaminados com as técnicas de IFD, IC e heminested-polymerase chain reaction (ht-PCR). A ingestão do vírus PV causou raiva em dois morcegos, com período de sobrevivência de 25 e 32 dias, enquanto que os três morcegos que ingeriram o isolado T-9/95 apresentaram períodos de 26-31 dias. Embora encontrando resultados discrepantes entre as técnicas diagnósticas utilizadas, os vírus ingeridos pelos morcegos foram detectados no sistema nervoso central e outros órgãos não-nervosos, como nos morcegos inoculados intramuscularmente.

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Publicado

2009-04-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Souza MCAM, Nassar AF de C, Cortez A, Sakai T, Itou T, Cunha EMS, et al. Infecção experimental de morcegos hematófagos Desmodus rotundus (E. Geoffroy) mantidos em cativeiro e alimentados com sangue desfibrinado adicionado de vírus da raiva. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de abril de 2009 [citado 22º de julho de 2024];46(2):92-100. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/26754