Avaliação clínica e hemodinâmica periparto de fêmeas bovinas da raça Holandesa em diferentes condições obstétricas

Autores

  • Jaqueline Aguiar Rodrigues Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP
  • Cristina de Fátima Lúcio Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP
  • Liege Cristina Garcia Silva Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP
  • Gisele Almeida Lima Veiga Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP
  • Cláudia Niemeyer Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP
  • Camila Infantosi Vannucchi Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Laboratório de Patologia da Reprodução, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2010.26809

Palavras-chave:

Distocia, Ocitocina, Vacas, Pressão Arterial, Eletrocardiograma

Resumo

As distocias na espécie bovina são normalmente corrigidas por manobras obstétricas, sendo a extração forçada um procedimento obstétrico de risco, podendo causar injúrias tanto maternas quanto fetais. Partos induzidos com administração de ocitocina exógena nas inércias uterinas podem levar ao comprometimento fetal pela hipotensão e bradicardia materna, pois a ocitocina participa de regulações endócrinas e neuroendócrinas de órgãos como o coração e rins. O objetivo deste estudo foi comparar as mensurações de frequência cardíaca (FC), pressão arterial não-invasiva (PA) e eletrocardiograma de fêmeas bovinas da raça Holandesa agrupadas segundo a condição obstétrica: eutocia (G EUT; n = 10); distocia com manobra obstétrica (G DIST; n = 10); inércia uterina com infusão de ocitocina (G OCT; n = 10); nos seguintes momentos: pré-parto, intraparto, pós-parto imediato e uma hora após o parto. Os traçados eletrocardiográficos denotaram ritmo sinusal normal em todos os períodos. Observou-se taquicardia em todos os grupos, sendo que apenas no G OCT a FC pós-parto (111 ± 23 bpm) elevou-se estatisticamente em relação ao pré-parto (94 ± 11 bpm). Houve acréscimo significativo da PA no intraparto do G DIST (PA média = 101 ± 24 mmHg), decorrente de contrações uterinas e abdominais mais intensas. As fêmeas bovinas do Grupo OCT não apresentaram aumento significativo da PA diastólica intraparto em relação ao pré-parto como observado nos G EUT e G DIST. Os resultados apresentados demonstram que a distocia com correção manual eleva a pressão arterial das fêmeas bovinas, enquanto a administração de ocitocina altera momentaneamente as variáveis hemodinâmicas com possível efeito bradicárdico e hipotensor intraparto, impondo adaptação circulatória materna frente às alterações do parto.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Rodrigues JA, Lúcio C de F, Silva LCG, Veiga GAL, Niemeyer C, Vannucchi CI. Avaliação clínica e hemodinâmica periparto de fêmeas bovinas da raça Holandesa em diferentes condições obstétricas. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de dezembro de 2010 [citado 22º de julho de 2024];47(6):468-76. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/26809