Proteômica para investigar a congelabilidade do semen bovino
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v50i1p43-49Palavras-chave:
Bovino, Proteínas, Plasma seminal, CriopreservaçãoResumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar se a composição proteica de plasma seminal, verificada por eletroforese bidimensional (2DE), pode interferir na congelabilidade do sêmen de touros, e se existe a possibilidade de predizer tal característica em touros doadores de sêmen. Amostras de 20 touros (diferentes raças) com mínimo de três anos de histórico de produção em Central de Coleta de sêmen foram coletadas. Todos os touros tinham de 2 a 7 anos de idade. A congelabilidade do sêmen foi calculada por no de ejaculados aprovados pós-descongelação / no de ejaculados submetidos à congelação (depois do crivo do padrão de qualidade da empresa para aprovar o ejaculado para ser submetido a congelação). Os touros foram divididos em três grupos: ALTA (=>80% aproveitamento de ejaculados encaminhados à congelação); MÉDIA (>60 a 79% ejaculados aprovados) e BAIXA (=<59% ejaculados aprovados). Sessenta e oito corridas de géis 2DE foram avaliadas nas amostras de plasma seminal, que detectaram 225 spots com quantidade de proteína diferente entre as mesmas (VION). Pela estatística utilizada, comparando-se a congelabilidade do sêmen com quantidade de proteína detectada de cada spot (VION), constatou-se que 2 spots apresentaram-se com quantidade significativa de proteína diferente entre os dois grupos de congelabilidade do sêmen, considerando spots que foram detectados em mais de 75% das amostras corridas. Os touros taurinos apresentaram perfil proteico mais homogêneo quando comparado com os zebuínos, considerando número e frequência de spots. Tais resultados demonstram um potencial para uso da proteômica como ferramenta preditiva da congelabilidade do sêmen de touros, porém com necessidade de maiores estudos, principalmente para melhor compreensão de interações proteicas entre membrana espermática, plasma seminal e diluidores de sêmen utilizados, já que podem interferir no fenótipo proteico avaliado e na congelabilidade do sêmen, seja de forma positiva ou negativa.Downloads
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Publicado
2013-02-22
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NÃO DEFINIDA
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Como Citar
1.
Roncoletta M, Morani E da SC, Rodrigues LH, Francheschini PH. Proteômica para investigar a congelabilidade do semen bovino. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 22º de fevereiro de 2013 [citado 22º de julho de 2024];50(1):43-9. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/55825