Estudo da frequência dos antígenos eritrocitários caninos 1, 1.1 e 7 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da região metropolitana da cidade de São Paulo-SP, Brasil

Autores

  • Samantha Leite de Souza Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
  • Angelo João Stopiglia Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
  • Simone Gonçalves Rodrigues Gomes Universidade Santo Amaro - UNISA; Hemovet, Laboratório e Centro de Hemoterapia Veterinária
  • Silvia Kana Ulata Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
  • Ludmila Rodrigues Moroz Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
  • Denise Tabacchi Fantoni Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v51i4p316-323

Palavras-chave:

Tipagem sanguínea canina, Cães, AEC, Risco transfusional, Medicina transfusional veterinária

Resumo

O presente trabalho objetivou estudar a frequência dos grupos sanguíneos identificados como antígenos eritrocitários caninos (AEC) 1, 1.1 e 7 em cães da região metropolitana da cidade de São Paulo-SP, Brasil, e calcular o risco de administração de sangue incompatível tanto em uma primeira quanto em uma segunda transfusão. Para tanto, 300 cães não aparentados foram divididos igualmente em seis grupos de acordo com as raças: Pastor Alemão (PA); Rottweiler (R); Poodle (P); Cocker Spaniel Inglês (CS); raças definidas diversas (RDD) e mestiços (M). Avaliou-se a relação entre a frequência dos AEC e os grupos raciais. A frequência geral de AEC 1 na população foi de 71% (AEC 1.1 – 53,35%) e houve variações de acordo com as raças: PA- 32% (AEC 1.1 – 20%), R- 98% (1.1 – 80%), P- 76% (1.1 – 54%), CS- 84% (1.1 – 50%), RDD- 62% (1.1 – 56%) e M- 74% (1.1 – 60%). A frequência geral de AEC 7 foi de 39,33% e não houve diferenças significativas entre as raças. O risco de um cão negativo para o AEC 1 receber sangue positivo foi de 0,6 a 66,6% em uma primeira transfusão e de 0,21 a 65,3% do mesmo cão receber sangue incompatível em uma segunda transfusão. O risco quanto ao AEC 7 foi de 23,86% na primeira transfusão e 9,4% numa segunda transfusão. Este estudo concluiu que houve variação na frequência de AEC1 e AEC 1.1, mas não quanto ao AEC 7 entre raças. Esta variação na porcentagem de animais positivos quanto ao AEC 1 se refletiu na grande variação no risco de uso de sangue incompatível. Portanto, conhecer a frequência dos AEC na população tem impacto direto no manejo entre cães doadores e receptores, mas a utilização conjunta de teste de tipagem sanguínea e reação cruzada reduz a possibilidade de transfusão de sangue incompatível.

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Biografia do Autor

  • Simone Gonçalves Rodrigues Gomes, Universidade Santo Amaro - UNISA; Hemovet, Laboratório e Centro de Hemoterapia Veterinária
    Prof.a Dr.a pelo Departamento de Cirurgia - VCI, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ - USP
  • Ludmila Rodrigues Moroz, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
    Médica Veterinária, doutoranda do Departamento de Cirurgia Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo
  • Denise Tabacchi Fantoni, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
    Médica Veterinária, Professora Titular do Departamento de Cirurgia - VCI, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ - USP

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Publicado

2015-02-06

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

1.
de Souza SL, Stopiglia AJ, Gomes SGR, Ulata SK, Moroz LR, Fantoni DT. Estudo da frequência dos antígenos eritrocitários caninos 1, 1.1 e 7 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da região metropolitana da cidade de São Paulo-SP, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 6º de fevereiro de 2015 [citado 22º de julho de 2024];51(4):316-23. Disponível em: https://periodicos.usp.br/bjvras/article/view/58317