Aspectos clínicos e tratamento da amelogênese imperfeita: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2022.192922Palavras-chave:
Amelogênese imperfeita, Esmalte dentário, Cimento de ionômero de vidro, Radiografia panorâmicaResumo
Objetivo: Este trabalho versa sobre as características clínicas de um caso de amelogênese imperfeita (AI) do tipo IIA (hipomaturado com pigmentação difusa), apresentando formas de tratamento e como essa condição afeta a qualidade de vida do paciente. Materiais e métodos: Um paciente com 7 anos de idade, do sexo masculino, apresentando dentição decídua e permanente, procurou atendimento odontológico em razão das seguintes alterações dentárias: coloração dental amarelo-acastanhado, superfície rugosa, presença de cálculos dentais nos incisivos inferiores, mordida topo a topo e sensibilidade dentinária exacerbada. No exame radiográfico foi possível observar que o volume dos tecidos dentários estava normal, mas existia falta de contraste entre esmalte e dentina em todos os dentes, características compatíveis com o diagnóstico clínico de AI-IIA. Como tratamento, foram realizadas restaurações com cimento de ionômero de vidro, aplicação de flúor verniz e bochechos com fluoreto de sódio 0,05% diariamente. Resultados: O tratamento executado foi considerado um sucesso, uma vez que as queixas do paciente foram solucionadas por meio de um tratamento odontológico adequado, restabelecendo a função e a estética da criança de acordo com sua necessidade. Conclusões: O diagnóstico precoce da AI é de suma importância para um tratamento mais conservador e com enfoque na prevenção dos efeitos dessa patologia. Do ponto de vista odontológico, o tratamento da AI tem como principal objetivo devolver a saúde bucal do paciente e, consequentemente, reintegrá-lo ao convívio social com maior qualidade de vida.
Downloads
Referências
Azevedo MS, Goettems ML, Torriani DD, Romano AR, Demarco FF. Amelogenesis imperfecta: clinical aspects and treatment. Rev Gauch Odontol. 2013;61(1 Suppl):491-6.
Witkop CJ Jr. Amelogenesis imperfecta, dentinogenesis imperfecta and dentin dysplasia revisited: problems in classification. J Oral Pathol. 1988;17(9-10):547-53. Doi: https://doi.org/10.1111/j.1600-0714.1988.tb01332.x.
Crawford PJM, Aldred M, Bloch-Zupan A. Amelogenesis imperfecta. Orphanet J Rare Dis. 2007;2:17. Doi: https://doi.org/10.1186/1750-1172-2-17.
Beraldo CBS, Silva BJA, Valerio CS, Mazzieiro ET, Manzi FR, Cardoso CAA. Amelogenesis imperfecta: clinical case report. RFO UPF. 2015;20(1):101-4.
Morgado CL, Azul AC. A amelogénese imperfeita – uma revisão da literatura. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. 2009;50(4):243-50. Doi: https://doi.org/10.1016/s1646-2890(09)70025-1.
Couto ACF, Pupin MA, Dias MA, Dande JV, Barbosa D, Aleva LFG, et al. Amelogênese imperfeita: revisão da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2012;1 Supl:34-40.
Santos CT, Picini C, Czlusniak GD, Alves FBT. Anomalias do esmalte dentário – revisão de literatura. Arch Health Invest. 2014;3(4):74-81.
Trentesaux T, Rousset MM, Dehaynin E, Laumaillé M, Delfosse C. 15-year follow-up of a case of amelogenesis imperfecta: importance of psychological aspect and impact on quality of life. Eur Arch Paediatr Dent. 2013;14(1):47-51. Doi: https://doi.org/10.1007/s40368-012-0008-1.
Castagnoli TFB, Koubik ACGA. A importância dos aspectos clínicos e radiográficos da amelogênese imperfeita no auxílio do diagnóstico [trabalho de conclusão de curso]. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná; 2013.
Borde BT, Araujo IRS, Valente AGLR, Tannure PN. Desafios no diagnóstico e tratamento da amelogênese imperfeita: relato de caso. Rev Odontol UNICID. 2018;30(2):216-22. Doi: https://doi.org/10.26843/ro_unicidv3022018p216-222.
Jokovic A, Locker D, Tompson B, Guyatt G. Questionnaire for measuring oral health-related quality of life in eight- to ten-year-old children. Pediatr Dent. 2004;26(6):512-8.
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia oral e maxilofacial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009.
Adorno-Farias D, Ortega-Pinto A, Gajardo P, Salazar A, Morales-Bozo I, Werlinger F, et al. Diversity of clinical, radiographic and genealogical findings in 41 families with amelogenesis imperfecta. J Appl Oral Sci. 2019;27:e20180359. Doi: https://doi.org/10.1590/1678-7757-2018-0359.
Ceyhan D, Kirzioglu Z, Emek T. A long-term clinical study on individuals with amelogenesis imperfecta. Niger J Clin Pract. 2019;22(8):1157-62. Doi: https://doi.org/10.4103/njcp.njcp_227_18.
Coffield KD, Phillips C, Brady M, Roberts MW, Strauss RP, Wright JT. The psychosocial impact of developmental dental defects in people with hereditary amelogenesis imperfecta. J Am Dent Assoc. 2005;136(5):620-30. Doi: https://doi.org/10.14219/jada.archive.2005.0233.
Figueiredo RG, Moreira RF, Simões PS, Novaes SEA, Fonseca ACL, Miranda MS. Amelogenesis imperfecta: the importance of early diagnosis for adolescent health and development: Case report. Rev Adolesc Saude. 2016;13(2):87-93.
Silva FS, Lima VS. Tratamento restaurador conservador na amelogênese imperfeita: quando indicar essa opção? Rev Flum Odontol. 2018;(48):1-14. Doi: https://doi.org/10.22409/ijosd.v2i48.375.
Cocco AR, Baldissera RA, Lund RG, Martos J. Rehabilitation of dental function and aesthetics in a young patient presenting amelogenesis imperfect. J Clin Dent Res. 2017;14(2):72-82. Doi: https://doi.org/10.14436/2447-911x.14.2.072-082.oar.
Bogosavljević A, Misina V, Jordacević J, Abazović M, Dukić S, Ristić L, et al. Treatment of teeth in the esthetic zone in a patient with amelogenesis imperfecta using composite veneers and the clear matrix technique: A case report. Vojnosanit Pregl. 2016;73(3):288-92. Doi: https://doi.org/10.2298/vsp141125053b.
Ferreira SH, Pasini CM, Rodrigues PH, Cardoso MZ, Borges TS. Amelogenesis imperfecta in a child with cerebral palsy. Stomatos. 2017;23(44):13-23.
Ağaçkiran E, Tümen EC, Celenk S, Bolgül B, Atakul F. Restoring aesthetics and function in a young boy with hypomature amelogenesis imperfecta: A case report. ISRN Dent. 2011;2011:586854. Doi: https://doi.org/10.5402/2011/586854.
Holanda RC, Feitosa DMA, Gonçalves GKM, Alves KSS, Gouveia THN, Lobo PLD. Reabilitação estética e funcional em paciente com amelogênese imperfeita: relato de caso. Rev Fac Odontol Lins. 2017;27(2):45-52. Doi: https://doi.org/10.15600/2238-1236/fol.v27n2p45-52.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Bruna Mandrá da Cunha, Paula Guitarrara Nirschl Morais Nery, Cristina Luzia Lopes Borges Silva, João Paulo Silva Servato, Maria Angélica Hueb de Menezes Oliveira, Denise Tornavoi de Castro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Solicita-se aos autores enviar, junto com a carta aos Editores, um termo de responsabilidade. Dessa forma, os trabalhos submetidos à apreciação para publicação deverão ser acompanhados de documento de transferência de direitos autorais, contendo a assinatura de cada um dos autores, cujo modelo está a seguir apresentado:
Eu/Nós, _________________________, autor(es) do trabalho intitulado _______________, submetido agora à apreciação da Clinical and Laboratorial Research in Dentistry, concordo(amos) que os autores retém o direitos autorais e garantem a revista o direito da primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente autorizado sob a Creative Commons Attribution License, que permite a outros compartilhar o artigo com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta Revista. Aos autores será possibilitada a distribuição em separado da versão publicada do artigo, arranjos contratuais adicionais para a distribuição não-exclusiva da versão publicada (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicação em livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial nesta revista. Aos autores será permitido e encorajado publicar seu trabalho on-line (por exemplo, em repositórios institucionais ou em seu site) antes e durante o processo de envio, pois pode levar a intercâmbios produtivos, bem como a maior citação do trabalho publicado. (Veja The Effect of Open Access).
Data: ____/____/____Assinatura(s): _______________