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DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i38p%25pPalabras clave:
PortuguêsResumen
Este artigo pretende analisar comparativamente a conexão expressada através da escrita entre vozes migrantes nos textos de duas escritoras caribenhas e francófonas, Françoise Ega e Maryse Condé, que emigram dos departamentos ultramarinos franceses Martinica e Guadalupe, respectivamente, por diferentes razões. Buscaremos articular, identificar e interpretar noções de literatura-mundo e de Relação (desenvolvida por Glissant, 2021), considerando que elas se efetivam e se inscrevem como marcas nas narrativas das autoras. Em Cartas a uma negra (2021), Ega estabelece diálogo imaginário (e além-mar/língua) com outra escritora, a brasileira Carolina Maria de Jesus, como premissa para seu conjunto de cartas, publicado postumamente (1978). Em Le coeur à rire et à pleurer (1999) e La vie sans fards (2012), Condé revisita sua infância na Guadalupe e posteriormente suas migrações e viagens, particularmente as que ocorrem durante a década de 1960, período turbulento de sua vida e anterior ao seu primeiro romance publicado, Hérémakhonon (1976). Ambas as escritoras são sujeitos postos “à deriva”, cuja escrita mapeia suas conexões com outros sujeitos deslocados e encontra refúgio na diferença do outro, atestando uma literatura-mundo. Nosso trabalho se fundamentará em excertos das obras mencionadas e em críticas e discussões teóricas de perspectivas decoloniais, majoritariamente do ensaísta martinicano Édouard Glissant.
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Referencias
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