Body-Colony: a preliminary study about the representation of black women during colonial war, from Augusto Cid’s perspective in Que se passa na frente
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v0i17p05-24Keywords:
colonialism, Banda Desenhada, stereotype, women, Augusto CidAbstract
This work consists in a preliminary study about the representations of black women in Portugal during the colonial war (1961-1975). Following the ideas of current international women's movements (Ni una menos, Women's March, Non una di meno…) it is this article’s main goal to investigate the double hierarchization suffered by black women, as well as analyze how and whether the resistances against Portuguese fascism and colonialism affected such representations. The images of black women in Portugal during the XXth century reveal sexualized bodies, objects available to the colonizer. However, by focusing our attention on Portuguese comics, it must be remembered, as we are told by Luís Cunha (1995), that black men representation in BD changed during the century, especially during the colonial war. This article analyzes Augusto Cid's illustration published in Que se passa na frente (1973), in order to investigate if war and the resistances induced changes on the colonizer's representation of black women. By analysing it, we are allowed to meditate upon how racist and sexist stereotypes changed in the last year of fascist Portuguese regime and therefore interrogate post-25 de Abril Portuguese society in order to understand if the traces of this violence are still present.
Downloads
References
AZEVEDO, Celia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco. O negro no imaginário das elites- Século XIX. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1987;
BARRENO, Maria Isabel- HORTA, Maria Teresa- COSTA, Maria Velho da. Novas cartas portuguesas. Lisboa: Dom Quixote, 2010;
CARDOSO, Dulce Maria. O retorno. Lisboa: Edições Tinta-da-China, 2011;
CID, Augusto. Que se passa na frente. Lisboa: Litografia de Portugal, 1973;
CID, Augusto. Soares é fish. Mem Martins: Europa-América, 1997;
CLETO E PINA, F. “BD portuguesa também contou lutas de libertação”. Jornal de notícias, 21/05/2001, pp. 20-21;
COVA, Anne – PINTO, António Costa. “O Salazarismo e as mulheres. Uma abordagem comparativa”. Penélope, 17, 1997;
CUNHA, Luís. "A imagem do negro na BD do Estado Novo: algumas propostas exploratórias". Instituto de Ciências Sociais- Universidade do Minho, 1995;
DAVIS, Angela. Angela Davis: an autobiography. New York, Random House, 1974;
ESPANCA, Florbela. "Ás mães portuguesas". Em Obra poética. Lisboa: Presença, 2009;
FARRAJOTA, Marcos. Revisão. Bandas desenhadas dos anos 70. Cascais: Associação Chili com carne, 2016;
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Porto: A. Ferreira, 1972;
FONSECA, Maria Nazareth Soares. "O corpo feminino da nação". Em Scripta. Belo Horizonte, v. 3, n. 6, p. 225-236;
FOUCAULT, Michel. Microfisica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979;
GALZIGNA, Mario. “Introduzione”. Em FOUCAULT, Michel, Storia della follia nell’età Classica. Milano: Bur Rizzoli, 2011;
LOURENÇO, Eduardo, "Psicanalise mitica do destino Português". Em O labirinto da saudade. Psicanalise mitica do destino português. Lisboa: Dom Quixote, 1988;
LUKÁCS, György. O romance histórico. São Paulo: Boitempo, 2011;
MIES, Maria. Patriarchy and accumulation on a world scale. Women in the international division of labour. London: Zed Books, 1999;
MENDES, Baptista. O Ericeira. Guiné Bissau: Revista da Armada, 1972;
MOANE, Geraldine. Gender and colonialism. A Psychological Analysis of oppression and Liberation. New York: Palgrave Macmillan, 1999;
MORAIS, Isabel. "«Little Black» Rose at the 1934 Exposição Colonial Portuguesa”. Em BOISSEAU, TJ - MARKWYN, A.M. (cur). Gendering the fairs. Histories of women and gender at world fairs. University of Illinois Press, 2001;
NEVES, Helena. "O Estado Novo e as mulheres". Lisboa: CML/Biblioteca Museu República e Resistência, 2001;
OSÓRIO, Ana Castro. "Ser português". Em Às mulheres portuguesas. Lisboa: Editora Viúva Tavares Cardoso, 1905;
PIÇARRA, Maria do Carmo. "Pele negra ou pele branca: máscara(s) da mulher imaginada pelo cinema colonial". Observatorio (OBS*) Journal, vol. 9, n. 2, 2015;
RIBEIRO, Margarida Calafate. "África no feminino. As mulheres e a guerra colonial". Revista crítica de ciências sociais, 68, 2004, pp. 7-29;
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas, São Paulo: Ed. Unicamp, 2008;
SAID, Edward W. Orientalism. London: Penguin Book, 2003;
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. A critique of post-colonial reason. Toward a history of the vanishing present. Harvard Univeristy Press, 1999;
SANTOS, Boaventura de Sousa. "Between Prospero and Caliban: colonialism, postcolonialism, and inter-identity". Luso-Brazilian Review, n. 39/2, 2002;
SOUSA, Noêmia de, "Se me quiseres conhecer". Em Sangue negro. Maputo, AEMO-Associacião dos escritores Moçambicanos, 2001;
TAVARES, Maria Manuela Paiva Fernandes. Feminismos em Portugal (1947 -2007). Coimbra: Universidade Aberta, 2008;
WHITE, Hayden. Metahistory. The historical imagination in the XIX century in Europe. London: John Hopkins Univeristy Press, 1973.
Páginas web:
- DAVIS, Angela, “Here’s the full transcript Angela Davis’s Women’s March Speech”, 21/01/2017. Disponível, em: http://www.elle.com/culture/career-politics/a42337/angela-davis-womens-march-speech-full-transcript/;
- HENRIQUES, Joana Gorjão-BATISTA, Fredrico, "O que é o racismo?", em Público. Disponível em: https://www.publico.pt/racismo-em-portugues/o-que-e-o-racismo;
- Non una di meno, “8 punti per l’8 marzo: non un’ora in meno di sciopero”, 8/02/2017. Disponível em: https://nonunadimeno.wordpress.com/2017/02/08/8-punti-per-l8-marzo-non-unora-meno-di-sciopero;
- Queering style, “8M não me calo! Paralicação internacional das mulheres- Lisboa”, 5/03/2017. Disponível em http://queeringstyle.com/evento/8m-nao-me-calo-paralisacao-internacional-de-mulheres-lisboa/
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2017 Paolo La Valle
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) declara(m) automaticamente ao enviar um texto para publicação na revista Desassossego que o trabalho é de sua(s) autoria(s), assumindo total responsabilidade perante a lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no caso de plágio ou difamação, obrigando-se a responder pela originalidade do trabalho, inclusive por citações, transcrições, uso de nomes de pessoas e lugares, referências histórias e bibliográficas e tudo o mais que tiver sido incorporado ao seu texto, eximindo, desde já a equipe da Revista, bem como os organismos editoriais a ela vinculados de quaisquer prejuízos ou danos.
O(s) autor(s) permanece(m) sendo o(s) detentor(es) dos direitos autorais de seu(s) texto(s), mas autoriza(m) a equipe da Revista Desassossego a revisar, editar e publicar o texto, podendo esta sugerir alterações sempre que necessário.
O autor(s) declara(m) que sobre o seu texto não recai ônus de qualquer espécie, assim como a inexistência de contratos editoriais vigentes que impeçam sua publicação na Revista Desassossego, responsabilizando-se por reivindicações futuras e eventuais perdas e danos. Os originais enviados devem ser inéditos e não devem ser submetidos à outra(s) revista(s) durante o processo de avaliação.
Em casos de coautoria com respectivos orientadores e outros, faz-se necessária uma declaração do coautor autorizando a publicação do texto.
Entende-se, portanto, com o ato de submissão de qualquer material à Revista Desassossego, a plena concordância com estes termos e com as Normas para elaboração e submissão de trabalhos. O não cumprimento desses itens ou o não enquadramento às normas editoriais resultará na recusa do material.